União Europeia quer aprovar regras para acabar com as motos
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“E.U. Hands off biking”, ou “E.U. Get your hands of our bikes”, (União Europeia, tirem as mãos das nossas motos), é o mote para uma manifestação que o MAG britânico (Motorcycle Action Group) levou a cabo no final de Setembro, juntando-se assim de forma mais activa aos esforços que a FEMA, a instituição que defende os direitos dos motociclistas junto da União Europeia, tem feito para nos proteger da febre legisladora e da invasão dos direitos individuais com que a “Europa” nos continua a bombardear em todas as áreas.
Um dos sectores debaixo de fogo há algum tempo é o motociclismo, e está já preparado um documento de mais de cem páginas (que pode ser facilmente encontrado na internet) com propostas que, a serem aprovadas e implementadas a partir de 2013, constituem muitas delas autênticos atentados às liberdades individuais dos motociclistas, e outras serão sentença de morte para muitos agentes do sector.
Um dos principais pontos com que se luta agora, para além da intenção de nos quererem todos a vestir coletes reflectores por cima do equipamento, do ABS obrigatório para todas as motos, sem possibilidades de o desligar, e de outros pontos controversos, é o projecto de regulamentação que – entre outras coisas – nos vai impedir de “mexer” nas nossas próprias motos.
A serem aprovadas estas leis, será proibido fazer qualquer modificação a todo o sistema motriz das motos, desde a alimentação, motor, transmissão, escape, e mesmo o pneu traseiro, com produtos que não sejam estritamente os homologados pelo fabricante.
Para além disto, as motos a produzir trariam um sistema de diagnóstico electrónico “on board” que detecta emissões, instalação de peças não conforme a lei e, quem sabe, outros tipo de monitorização mais intrusiva, relativa aos nossos hábitos de condução, informação essa que poderia ser controlada pelas autoridades a qualquer momento. Outras peças e parafusos podem ser ainda fabricados de modo a que se possam apenas colocar ou remover mediante ferramentas especiais, tornando impossíveis diversas intervenções caseiras.
Agora, coloca-se a questão, vamos todos continuar a ficar calados à espera da “machadada”, ou vamos para a rua protestar, como já fizeram os motociclistas franceses e ingleses? Fica aqui o apelo à Federação de Motociclismo de Portugal, entidade mais preparada para se mover junto das entidades oficiais, e respectiva Comissão de Mototurismo, para que nos ajude a lutar contra este atentado aos nossos direitos e liberdades. Nós estamos prontos a apoiar, divulgar e argumentar, e estamos certos de que connosco estarão as restantes revistas do meio, moto clubes, associações do sector e motociclistas em geral. Vamos lá?
Luis Carlos Sousa
Director Motociclismo
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