Estava na duvida se partilhava este por aqui, uma vez que é um passeio 99% estrada, mas parece-me que é na mesma interessante e pode dar umas ideias ou dicas a quem for para aqueles lados.
Fui escrevendo a medida que viajava por isso se o texto for muito extenso ou se aborrecerem vejam apenas as fotos.
O texto original está
aqui:
a galeria com todas as fotos
aquiAqui vai:
Depois da vinda tresloucada aos comandos da KTM em que cheguei a fazer 1760km num dia e de umas merecidas férias com as minhas meninas, chegou a hora de regressar ao trabalho, e sabia que o ia fazer com um pequenino desvio.
Toda a semana tentei ignorar a viagem e na 4ª a noite faço um jantar de despedida das férias com amigos onde nos demoramos no convívio. À meia noite a Madalena vai para a cama adormecer a Sofia e eu sem absolutamente nada preparado, nada de nada, nem o trajecto está definido, tendo apenas esboçado algo em 5 minutos no Google Maps - começo a fazer as malas, preparar a mota, o itinerário, os pontos de interesse e passagem. É um claro exagero fazer 4000km em 4 dias, mas é o tempo de que disponho e tenciono aproveitá-lo ao máximo. Tirar mais tempo obrigar-me-ia a estar longe da Sofia que nesta fase sente muito a falta do papá. Deito-me perto das 5:00 com intenções pouco convictas de acordar às 8:30.
A convicção era de facto muito pouca - acordo às 10:30 e às 11:00 a GSA salta da garagem onde a LC8 fica a repousar a espera do próximo FDS em Alfena.
Os últimos 4500km da GSA foram quase na totalidade feitos pelos montes e serras do norte, o descanso pelas impecáveis estradas asfaltadas da Europa é bem merecido.
O dia de hoje vai ser um "tiro", o itinerário conheço-o de cor, fazia-o “de olhos fechados”... ou quase: Porto-Chaves-Benavente-Leon-Burgos-Victoria-Donostia-França e depois desta tirada tentarei chegar o mais longe possível para ficar com mais tempo livre para os restantes 3 dias. Estar no solarengo canto da Europa tem este senão: qualquer passeio à Europa obriga à monótona travessia da Espanha duma ponta à outra.
Maravilha sair atestado, reabastecer apenas acima de Leon e depois já em França. A GSA habitua-me mal - 500km em AE mais a reserva é algo muito raro senão único nas maxitrails, e ganha-lhe o merecido titulo de "Trota-Mundos".
Espanha passa demoradamente mas sem parar, saí tarde mas mesmo assim tenciono manter o objectivo dos 1200km para o primeiro dia, por isso fazer poucas paragens para abastecer é mesmo vital, resta saber se a bexiga e o “traseiro” aguentam o sacrifício.
Aproximo-me de França, as filas na auto-estrada obrigam-me a seguir pela faixa de emergência - os milhares/milhões de emigrantes estão todos de regresso no pico do Agosto, ultrapasso veículos parados nas 3 faixas durante uns bons 20 minutos e na área de serviço de Donostia antes da fronteira repetem-se as filas intermináveis - todos a tentar abastecer a preços de Espanha antes de entrar na “careira” França.
Passo a confusão ao lado e rumo a leste. França é infinita, faço 400km de auto estrada, olho para o mapa e parece que mal saí do sítio. O sol põe-se atrás de mim e abandona-me cansado a perseguir a minha sombra que ruma a Narbonne onde já reservei hotel.
Foi pena não sair mais cedo, tinha intenção de parar e visitar a magnífica cidade muralhada de Carcassone... assim apenas a pude admirar no horizonte enquanto “mastigo” os últimos 50km.
Faço check-in às 23h, o Hotel é antigo mas os quartos bonitos e a localização excelente, mesmo por trás da Catedral. A recepcionista bela, loira e quarentona recebe-me de forma calorosa, agradeço-lhe o olhar de compreensão, será que ela percebe mesmo? O dia foi particularmente longo e monótono, um mal necessário, estou estourado, aterro na cama ligo-me à internet a planear o dia seguinte mas rapidamente adormeço com o portátil por almofada.
Acordo às 10, o cansaço de ontem dissipado, mal saio do hotel sou brindado com um sol magnífico e mesmo ao lado da minha mota uma mítica Tenere Azul de 88 em estado impecável.
Narbonne é uma cidade velha e bonita, de risca ao meio feita por um estreito mas bem ladeado canal, as habitações são rústicas e antigas mas bem conservadas e por toda a cidade flores pendem das janelas.
A Catedral é monumental mas de tão espremida está entre o palácio e demais casas da zona antiga mal se dá por ela.
Via Domitia a primeira via Romana na Gália que a ligava à Hispania atravessava Narbonne, e está parcialmente descoberta onde ainda são visíveis os sulcos das carroças e quadrigas romanas, a imaginação transporta-me uns milhares de anos atrás.
Na praça central uma banda de folclore prepara a actuação, com pena não terei tempo de os ver actuar, numa próxima oportunidade certamente, os trajes e a bos disposição prometem.
Faço-me à estrada a próxima paragem é obrigatória, não vi Carcassone, mas Avignon não escapa.
Avignon foi cidade Papal, vendida ao Vaticano por 80.000 florins e residência oficial de vários papas durante o século XIV muito bem organizada com imponentes edifícios clássicos, as muralhas externas são extremamente belas e embora baixas e de aparente fragilidade escondem um palácio Papal robusto e que assim se manteve ao longo dos séculos até durante a revolução francesa Avignon ser novamente agregada à frança.
Almoço demoradamente numa esplanada da "Place des Horloges", toda a cidade me cheira maravilhosamente bem, um deleite dos sentidos. A GSA como já vai sendo costume atrai os turistas, tento abstrair-me e saborear a excelente "piéce de Boeuf" com pimenta e mostarda de Dijon enquanto me divirto com o casal Catalão que não param de criticar o frango que pediram, o empregado já não os pode ouvir... vale-lhe que não percebe metade do que dizem, mas eu percebo, o meu catalão de 1 ano está enferrujado mas ainda dá para compreender e me rir um pouco.
Passeio-me para fazer a digestão, os jardins são lindos e o palácio como toda a cidade merecia uma demorada visita o que mais uma vez reforça a minha ideia de aqui voltar para demoradamente visitar Carcassone, Narbonne e Avignon, infelizmente tal não se coaduna com o meu trajecto, para hoje tenho pela frente 900km 80 dos quais pela Côte de Azur, numa cénica estrada costeira que de altas encostas espraia sobre o mediterrâneo.
A temperatura está um exagero, os 40º acompanham-me a tarde quase toda fazendo-me transpirar “rios” a cada paragem com o Rallye 2 Pro vestido. Na área de serviço começo a notar as consequências: abro a top case e encontro um charco de coca-cola a ferver na qual flutuavam maçãs semi-cozidas, mapas e um saco térmico.
Felizmente só aqui trago comida e mapas, por isso o estouro da garrafa da coca-cola não teve grandes consequências, mas o de frança vai direitinho para o lixo, já os de Espanha e Itália (que segundo a Michelin são a prova de água), pelos vistos também resistem bem à coca-cola. À falta de palhinha para beber a cola da top-case, esvazio, lavo e arrumo tudo - perco uns 20 minutos poucos mas preciosos quando se aponta para quilometragens tão ambiciosas.
Nice é uma imensa confusão, a proximidade a Itália nota-se na condução louca e desenfreada dos indígenas. As scooters são aos milhares, e quando o semáforo vira vermelho elas esgueiram-se por entre os carros sobem e descem passeios, em contra-mão, por sentidos únicos e o que mais lhes lembrar. A hora de ponta não me deixa progredir, estou morto por me ver daqui para fora e meter à estrada da costa. Saint-Jean-Cap-Ferrat era ponto de paragem para admirar as belas praias, marinas e mansões dos actores e milionários, mas assim não dá - sigo directo pela costa para o Mónaco.
A estrada sobe e desce a montanha, curva após curva e contra-curva a fazer as delícias da GSA algo fatigada do trânsito caótico da cidade. As vistas são soberbas, lá em baixo vislumbra-se um gigantesco cruzeiro e em redor deste a povoar toda a marina iates e veleiros de todos tamanhos e feitios. O sol do final de tarde reflecte no Mediterrâneo e traz reflexos dourados ao azul intenso e calmo.
Ao longe avisto o Mónaco, os prédios simples com traços de anos 80 disfarçam a ostentação da Marina, mas esta vê-se nos detalhes... no stand de aluguer de automóveis figura um Ferrari, e por trás de muros altos com sebes recortadas, adivinham-se casarões de valor incalculável, a nata da Côte-d’Azur.
O sol começa a descer no horizonte e ainda tenho 400km pela frente, paro na marina, admiro os iates onde marinheiros e serventes trajados preparam um jantar à luz das velas na popa. Aprecio as beldades locais extremamente produzidas, talvez demasiado, gosto de ver mulheres mais naturais; tiro uma e outra foto na marina mas sigo viagem.
No trajecto da subida reconheço o túnel e as curvas encadeadas do circuito de formula 1, é de facto preciso mestria para conduzir aqueles aviões com rodas nestes espaços exíguos, na televisão parece mais amplo.
Mais auto estrada, vejo ao longe San Remo, mas continuo, o sol está já muito baixo daqui ao lago Como é apenas muita, muita estrada.
Acordo bem disposto, estou nos Alpes Italianos, faço-me à estrada e começo a reconhecer a paisagem, das restantes vezes que vim para estes lados as encostas estavam cobertas de neve. O lago é límpido e calmo e na outra margem erguem-se gigantescas paredes inconfundivelmente alpinas, uma lembra-me os “Dents du midi” perto de onde fiz das melhores semanas de Ski de sempre.
O próximo ponto de paragem será o Passo Stelvio, mas ainda faltam alguns kms de nacional que hoje está apinhada de italianos, suíços e austríacos domingueiros...os túneis sucedem-se, alguns com uma dezena ou mais de Kms, parecem não ter fim, a esta velocidade de caracol quando chego ao fim os olhos já estão habituados à falta de luz e o brilho do sol ofusca.
Passo pela vila de Tirano e suas termas e o tráfego começa a diminuir, começo a ver mais e mais motociclistas em ambos sentidos e finalmente entro no Passo Stelvio. O início é calmo mas rapidamente vislumbro algo que todas as fotos não fazem juízo - o encadear de curvas naquela paisagem cénica não é deste mundo, parece ter sido pintado a óleo por Dali.
A GSA entra a matar, o boxer a mostrar que sabe curvar e eu simplesmente a deixar-me levar pelo entorno e pela montada.
Foto aqui foto ali, muita malta parada, dois dedos de conversa... os sorrisos dos restantes motociclistas dispensam explicação. No cimo hesito, sigo pela Áustria por Munique e Frankfurt ou continuo pela Suíça... apesar de não conhecer ainda a Áustria, não consigo resistir aos encantos Helvéticos, rumo a Zurique!
Apesar de toda a manhã o tempo ter estado morrinhento, todo o passo Stelvio brindou-me com um sol magnífico, e não é que mal entro na Suíça... chuva, muita chuva e um “passo” com o asfalto cortado. Estão a aproveitar o verão para fazer obras, os 2500km que já deixo para trás de asfalto deixaram-me mal habituado e esta gravilha em estrada de curva-contra-curva a descer freneticamente com a chuva na viseira é traiçoeira - vou nas calmas.
A meio do passo em obras, a beemer começa a acusar baixo nível de óleo... faltam apenas 1000km para a próxima revisão e afinal de contas já vem a andar incansavelmente há uns milhares de kms - ela merece. Paro numa curva, satisfaço o capricho do boxer e quando me preparo para eu próprio meter uma sandes à boca desata a chover torrencialmente.
Toca a meter capacete e estrada com ela que em andamento molho-me menos. Com a caloraça que faz sentir nem tenho pachorra para vestir o fato de chuva, prefiro molhar-me e ir secando com o vento!
Havia lá de imaginar que a pior estrada da viagem iria mesmo ser na Suíça!
O tempo melhora e a estrada também, começo a parar para fazer registo das magníficas paisagens. A cada foto que tiro lamento não ter comigo a 50D com a grande-angular, mas a pequenina e compacta Sony lá terá que fazer o trabalho.
Difícil mesmo seria ficar impávido às paisagens “de postal” com que a Suíça nos brinda. A certa altura aborrecido de estar limitado ao asfalto saio para fazer parte daquela paisagem... sigo por um estradão a explorar e a quebrar a monotonia... primeira impressão, os estradões aqui são mais lisos que muita estrada portuguesa, o caminho bifurca, para cima parece divertido, mas estou sozinho com a mota cheia e mal equipado para off-road. A chuvada que subitamente se abate sobre mim ajuda-me a decidir voltar ao asfalto... não há caminho de regresso à estrada e não me apetece fazer uns kms para trás... a vertente que sobe pela relva e vai dar à estrada parece bastante inclinada, mas dou gás e faz-se bem, a protecção de carter bate por baixo mas é para isso que ela lá está - sigo viagem.
Vou seguindo o GPS até entrar numa portagem - não dou muita importância embora estranhasse pois sei não haverem portagens na Suíça, apenas controles fronteiriços onde se paga pelo selo anual que permite andar em auto estrada.
Pago à irmã da “Heidi” e 100m à frente tenho um semáforo e uma linha de comboio... que raio? será que... não posso crer, é mesmo!
Chega uma composição apenas com “máquinas” e carruagens de transporte de automóveis e mandam-me subir em primeiro e percorrer todas as carruagens até ao fundo. Andar com um bicho de 300kg dentro de um comboio é uma sensação fantástica - por esta não esperava.
No fim da composição outro funcionário manda-me subir uma rampa e entrar por um portão onde as malas passam por centímetros, para dentro de uma carruagem modificada, onde faltam cadeiras. Estaciono-a tiro o equipamento e sento-me numa cadeira a admirar a minha montada num vagão - surreal!
Passado o túnel que devia ter uns bons 15km, o comboio pára, e regresso à estrada, ainda tenho muito caminho e quero ir já dormir ao Luxemburgo.
Passa a Suíça, reentro em França. Ocasionalmente paro numa estação de serviço, não para reabastecer mas para relaxar e comer qualquer coisa. Os capuccinos vão-me mantendo desperto, não tenho outra hipótese senão continuar viagem, 2a feira as 8:00 tenho que estar em Londres a trabalhar, lá não há faltas nem condescendência, como por lá se diz "you take it in the gut".
Chego ao Luxemburgo, muito cansado, pouso o equipamento no quarto mas só tenho as botas Rally, para evitar caminhadas conformo-me em ir comprar um hamburguer ao outro lado da rua mas mal me deito na cama adormeço.
Acordo com fome... o hamburguer vai para o lixo e após o estranho pequeno-almoço de salsichas alemãs e cereais saio para uma voltinha pela cidade de Luxemburgo, aqui fala-se algum francês, a organização e empenho são alemães, mas respira-se português... estão em todo o lado, os rostos que em qualquer lugar do mundo distinguiria, o olhar com força e fado mas sempre afável.
Atravesso a ponte e estou dentro da muralha no topo de um gigantesco rochedo, a localização é única, a muralha combinada com a natureza criam a fortaleza perfeita e percebe-se como o Gran-Ducado se manteve independente até hoje. Cá dentro é uma confusão, faço meia dúzia de faixas de BUS quase sem me dar conta, paro aqui e ali para tirar umas fotos, mas terei que regressar com tempo para ver o Palácio, ou as Casamatas.
Saio da muralha e aponto a sudeste para uma ultima paragem que muito ansiava. Desde miúdo sou fascinado pela história da 2ª Guerra, e toda esta zona das Ardenas foi o palco de um dos últimos capítulos, quando as tropas aliadas após envolvimento dos USA desembarcaram na Normandia e iniciaram a reconquista do território francês ao exército Nazi. Foi aqui que tiveram palco batalhas como Ardenas, Verdun e Bastogne, foi aqui que o 3º exército de Patton fez o milagre táctico que anulou a ultima ofensiva alemã, e em homenagem a esse sacrifício o povo Luxemburguês criou um cemitério para os soldados Americanos com um memorial.
O local é de uma beleza extrema, apresenta detalhes das batalhas, dos movimentos de cada unidade militar e os nomes dos soldados conhecidos, bem como homenagem aos desconhecidos. Depois contornada uma sebe, aparece finalmente um imenso campo verde com milhares de cruzes brancas salpicadas aqui e ali por uma ou outra “estrela de David”, o túmulo do General Patton que faleceu logo após a guerra num infeliz acidente de Jipe. A sua cruz é igual a de todos os restantes soldados, tal como foi sua postura estar junto da frente de batalha nos piores momentos.
Sento-me, o local convida à reflexão, entre vários visitantes reconheço o sotaque de Americanos possivelmente descendentes de alguns daqueles soldados que deram a vida pela paz na Europa e no Mundo. Outros tempos em que as guerras tiveram motivos e ideais mais claros e nobres.
Regresso a estrada, tenho apenas dois pontos de paragem antes de chegar a Calais, 60km feitos chego ao primeiro, Bastogne local da derradeira derrota das forças Nazis em território franco-belga e do início da retirada. Não sei bem o que vou encontrar, mas disponho apenas de meia hora, por isso sigo directamente ao centro da cidade.
A surpresa é feliz, neste local onde tanto sangue foi derramado, actualmente temos uma praça antiga muito colorida, cheia de flores e animação, no centro um tanque Sherman Americano e um Jeep igual ao que Patton usou para se deslocar, e em redor deles, uma série de esplanadas cheias de vida, muitos Motociclistas e uma R100 GS com aspecto de ter percorrido meio mundo.
No Sherman saltam e pulam catraios, os sorrisos estão por todo o lado - que melhor homenagem à paz por ele conquistada.
Duas horas de condução mais... nas estações de serviço onde descanso constato que as belgas são mulheres bonitas e pouco produzidas - retomo o caminho, tenho que estar no Ferry as 17:00, pela primeira vez estou adiantado mas já deixei de me preocupar com as horas.
Nota mental para não colocar música rock pois ando em média 20kmh mais rápido e o cansaço acumulado aconselha antes a ir nas calmas - mudo para Vanessa Mae e a GSA abranda com o Inverno de Vivaldi.
Chego a Dunkerke, fotografo um monumento a Jean Bart, bucaneiro herói local, sigo para a Marina onde admiro um enorme veleiro. Gostava de explorar melhor, a cidade é gira e estou certo que também aqui se encontram monumentos de interesse, mas continuo para Calais.
O ferry começa a tornar-se rotina, no controle de passaporte para quebrar a monotonia espalho todas as moedas de euro pelo chão, o Franciú ajuda-me a apanhá-las. Entrego o bilhete, passo à frente dos carros, estaciono junto das outras motos, aperto a cinta e subo para o deck.
A minha viagem acaba aqui, de Dover a casa ainda tenho 150km pela frente, mas a Europa continental fica para trás e com ela todos os fantásticos locais que visitei nos últimos dias. Mal posso esperar por tomar um banho e vestir uma roupa normal, não ter que carregar o Rallye 2 Pro ou o capacete, nem preocupar-me em tirar o GPS ou a máquina fotográfica da mota.
Feita nas calmas esta viagem seria mais agradável, mas não sei se mais emocionante, foi como beber um concentrado de beleza europeia... agora preciso de “férias das férias”. Amanhã trabalho e vou de GSA.
Doravante conto com ela dar umas escapadelas à Europa do Norte, conhecer novas paragens, enriquecer com as experiências e culturas, ser um cidadão do Mundo como diz o outro... tudo isto na minha “Beemer” - mal posso esperar