É sem chumbo. O preço é basicamente igual em todo o lado, desde que comprado nas gasolineiras.
Se tiveres de comprar aos tipos que vendem em garrafões e garrafas de litro, acabas por pagar cerca de 1,20€/L

Não é assim tão igual... No Sahara ocidental comprei gasolina a €0,65/L o mais caro foi mesmo €0,75/L... Mas em Marrocos, propriamente dito, o preço "base" é os €1,20... E sim era 95 sem chumbo...

As motas marroquinas

O fotoman de serviço

Quando parei e olhei para céu, assustei-me e arranquei rápidamente

Felizmente andamos mais depressa que as nuvens e voltamos a encontrar bom tempo


Quê que dizes?

Voltinha matinal pela vila, ainda não estavam abertos os cafés/restaurantes, e ainda se via muita pouca gente pelas ruas. Ao contrario do final de tarde, no dia anterior, que pareciam "emplastros" a tentarem-nos vender o "chocolate" e outras coisas, ou a tentarem arranjar umas propinas, entre outras coisas.

ja viram as noticias hoje? um atentado em marraquexe. tenham cuidado e façam boa viagem!

Muito bom

Dissemos adeus a "Xefexoua" e rumamos mais a Sul. Já estávamos no terceiro dia de viagem e supostamente devíamos ter ficado aqui no final do primeiro. Enfim, nada de grave. A ideia era chegarmos a Fez por umas pistas catalogadas para BTT que passam pelos lagos mas acabamos por andar quase sempre por alcatrão. Muito gira esta ligação.





O Rui e o Quintanilha já estavam cheio de alcatrão e resolveram brincar um pouco.






Uma paragem para um cafezinho, feito na beira da estrada e à sombra de um pinhal. Neste ponto deve haver uns vídeos engraçados do pessoal arrancar






Uma tshirt engraçada que requer um dono sorridente




Os lagos.

Fez


Entramos pela parte Este e antiga da cidade, pela periferia, pelos subúrbios. A primeira sensação que tivemos foi a de que tínhamos acabado de chegar a um cenário de guerra. Tudo muito sujo, desbastado, sem qualquer ordem aparente. Parecia que tinham "fechado a guerra" à 5 minutos para nós passarmos e que mal saíssemos dali recomeçavam outra vez. Fez é uma cidade lindíssima por isso mesmo: é genuína.
Desta vez não paramos. Aliás, paramos sim. À espera do Rui que entretanto se perdeu do grupo. Reunimos as tropas e seguimos em direcção a Azrou.

Em Azrou demos uso ao material de campismo.
O Rui e a sua técnica de montar a tenda e escolher o sítio






O responsável do camping era um personagem hilariante. Um Marroquino com raízes americanas. O que eu me ri com as suas ideias e filosofias. Um verdadeiro Naif do século XXI. No dia seguinte estava irreconhecível. Já lhe tinha passado a "moca"



Pequeno almoço em Azrou.




Vida marroquina.


Próximo destino: Ifrane, a Suíça Marroquina. Tudo bem vestido, jardins aparados, namorados nos bancos de jardim, bonitos lagos com repuxos e animais, casas europeias ao estilo dos alpes, ruas limpas e sem transito, gente a fazer jogging... por momentos parece que saímos de Marrocos.

Saímos de Ifrane por uma pista na floresta dos cedros. Lindíssima. Por momentos tivemos a sensação de rolar algures entre a lua e marte.


Há por ai uns bons vídeos e fotos desta pista
Resultado final:

Lagos espectaculares. Já há track da viagem?
Estivemos nesse parque em Azrou.

Há, Nuno. Quando quiseres passo-te as partes importantes


Em Azrou, depois de montar as tendas, tomar banho e mudar de vestes fomos ao centro da cidade para jantar. Quando chegámos, estacionámos numa rua e apareceu logo um artista a pedir a sua "propina".
O engraçado é que o tipo tinha vestido um colete reflector do Ayuntamiento de Madrid (serviços de saneamento ), um dístico escrito à mão preso ao peito, e um bloquinho de senhas manhosas. Dizia-se fiscal daquele estacionamento, e tínhamos que lhe comprar a senha para aparcar.
Eu e o Agostinho começámos a entrar na tanga com ele, a perguntar quem era ele, que não pagávamos nada e que ele chamasse a polícia! Vai daí o artista ri-se, deita-se no chão atrás da KTM e diz que não nos vai deixar sair dali... Partimo-nos a rir, dissemos-lhe que lhe dávamos uma moedita quando acabássemos de jantar e ele lá foi chatear outros. Nunca mais apareceu.
Ao jantar, perguntámos se tinham vinho. O empregado disse que sim e desapareceu durante para aí meia hora. Conclusão: tinha ido de taxi a casa de alguém comprar uma garrafa de tinto maduro francês, chegou com ar vitorioso, pousou a garrafa na mesa, mas antes embrulhou-a em papel de alumínio e explicou-nos que não era boa ideia ficar à vista. Não foi barato, mas soube bem. Tão bem que ao fim de jantar lá foi ele de taxi buscar outra para levarmos para o camping!

Em Marrocos ter um colete reflector e um crachá é estatuto

Pasta de dentes ?



Keep it coming

Claro! Lembra-te: "Sonrie si quieres sexo"

Boa

Muito bom, continuem!!!

Aí o ano passado eu e o Simas fomos comprar cerveja e ao ir embora um gajo também se dizia dono daquela parte da via pública onde estavam as motos e eu quase que o passava a ferro com a moto que o gajo não saia da frente e ainda veio a correr e mandar vir atrás de nós. claro que ouviu uma data de palavras amistosas em português da minha parte.
Que bom estes relatos e fotos e saber que daqui a duas semanas já vou para Marrocos

Varanda, depois logo me passas também essas partes interessantes, pode ser?

O adeus a Chefechauoen

O Varanda já andava com uma vontade de terra ...
Depois do Varanda passar, passa um Mercedes. Este Mercedes é o tipico taxi de Marrocos. Vi destes Taxis, em verde, vermelho, amarelos, roxos, brancos, etc... cada cidade/vila/aldeia tem a sua cor. É um espetaculo, já para não falar nos "petit taxi". hehehe

A primeira ponte sobre a albufeira
vista para a direita

vista para a esquerda (rio que desaguava na albufeira)

Outro recanto da albufeira

Vista panorâmica de Ez Zwitina


Nesse dia passamos por Fés e fizemos campismo.

Pequeno vídeo da chegada a Chefchaouen

O tal "lago" a sul de Chefchaouen, que na verdade é criado por uma barragem:

O ano passado quando passei por Chefchaouen
tambem me deixei enganar por essa estrada que parece que vai dar a algum lado .Acaba nesse largo.Fiquei logo aí a conhecer a preserverança dos marroquinos a tentar vender tudo e mais alguma coisa

Resumo da tal pista a sul de Azrou.
Esta foi a primeira incursão a sério em offroad desde que tínhamos saído de casa.
A pista é muito gira, o piso é porreiro, com pouca pedra, muita tracção.
Para mim foi um dia mau. Primeiro uma das cintas prendeu-se no eixo da roda de trás, felizmente dei conta a tempo, a cinta rebentou e consegui parar imediatamente. Estive cerca de 15 minutos para a tirar com um alicate. Quando finalmente consigo, chega o Agostinho, voltou para trás. Os outros estão â espera no final do trilho, é já a 1km. Arrumo as tralhas, monto-me na mota e arrancamos.
Um azar nunca vem só. Vários regos atravessam o trilho, enfio as rodas num mais fundo, quase que consigo sair mas uma das malas bate de lado, perco o controlo, ao ser projectado ainda acelero mais e o resto não vi mas gostava de ter visto. Julgo que a mota empinou bastante e depois foi o barulho de 200 e tal Kg a cair na terra e a arrastar por ali...
Resultado: riscos, amolgadelas, suportes das malas empenados, impossível montar a mala da esquerda, ego em baixo.

Este foi o resultado final da pista...


O Agostinho com a ferramenta preferida e mais utilizada por ele: o martelo


Demos uso às ferramentas que levamos e ainda brincamos aos engenheiros!

Impávida à nossa passagem.


Ao almoço, em Khenifra, o estado de espírito do Varanda era péssimo. Não parava de olhar para a moto. Perfeitamente normal. Havia uma parte na moto que lhe estava a meter muita confusão: uns riscos e uma amassadela no escape. Tentávamos anima-lo mas em vão. Era perfeitamente normal aquele sentimento de desgosto. Esperávamos o Quintanilha e o Rui que tinham ido comprar óleo. Conseguimos despertar ligeiramente o Varanda que já estava com outra cara. O Quintanilha ao chegar ainda deu mais força a essa alegria Ao Entrar na rua em que estávamos a almoçar conseguiu acertar em cheio com a mala no escape da moto do Varanda A moto dele estava no meio da minha e da moto do Agostinho. Grande sorte. Apesar do abalo ainda deu para uma boa risada.



A seguir ao almoço seguimos em direcção a Imilchil.

Pelo caminho encontramos este companheiro Francês que viajava na sua GSA. Estava exausto porque tinha andado o dia todo em pista a cair constantemente e a levantar a moto sozinho. Era um profundo conhecedor de Marrocos. Trocamos algumas ideias sobre o itinerário que planeávamos fazer e seguimos caminho.




À medida que avançamos em direcção a Sul a paisagem vai mudando gradualmente. O verde da vegetação começa a dar lugar a tons de paisagens rochosas mais inóspitas e desérticas.

Em Imilchil tínhamos um hotel indicado pelo Francês. Era logo na entrada da pequena aldeia mas estava cheio. Recomendaram-nos outro hotel novo, acabado se construir. Depois de um dia com alguns percalços soube muito bem um banho e uma refeição quente.




Uma sopa berbere. Muito boa. Não fez os estragos que o aspecto antevia


Vista do quarto na manhã seguinte enquanto o Varanda e o Agostinho foram procurar um mecânico para os ajudar (ou não )a endireitar os suportes das malas.












Explorar um pouco o trajecto que tínhamos feito no dia anterior de noite enquanto fazia tempo.