Andava à tempo com vontade de conhecer a Noruega e os fiordes e então comecei a ler reports de viagens de malta e etc.
Inicialmente tinha pensado na possibilidade de chegar lá via ferries através da Inglaterra, mas depois descobri que o ferry entre Newcastle e a Noruega foi descontinuado em 2009, para além de que o preço dos ferries no verão subia imenso.
A outra hipótese era mandar a mota de camião, pois já tinha visto reports de malta que tinha feito assim mas para outros destinos.
Agora a questão era para onde enviar a mota; as hipóteses principais eram Oslo, Copenhaga, Hamburgo, esta última por provavelmente ser o destino para onde seria mais barato enviá-la.
Após pensar durante algum tempo na coisa, decidi que a melhor alternativa era enviá-la para Copenhaga, pois eu só poderia levantar a mota a um dia de semana e eu ia logo no sábado, por isso poderia aproveitar o fim-de-semana para ver a cidade onde “estaria à espera para levantar a mota”
Assim, algures em maio pedi cotações para transporte da mota para Copenhaga a várias transportadoras. A Arnaud-Logis foi aquela com melhores preços e condições e ficou combinado que a menos que houvessem diferenças relevantes de preço nos combustíveis, os preços se manteriam em Julho.
Assim, a meio de Julho, entrei novamente em contacto e entreguei a mota a 19/7, com o objectivo de a levantar a 1 de Agosto.
Após ter o transporte da mota garantido, foi um sprint para comprar os voos, fechar mais ou menos o trajecto a fazer e marcar as dormidas possíveis.
30/7: Faro – Copenhaga (avião)
Chegámos a Copenhaga por volta das 15h, fomos deixar as coisas ao hotel e começámos a conhecer a cidade. Começámos pela praça da câmara municipal e lá vimos muita gente a ir numa direcção, por isso decidimos seguir o maralhal (podia ser que estivessem a oferecer rebuçados algures
)
Passadas umas centenas de metros, vamos dar aos Jardins Tivoli, um das maiores atracções do país. Aí à porta, decidimos entrar e conhecer o espaço, onde aproveitaríamos também para jantar.
A entrada nos Tivoli gardens paga-se, mas vale bem a pena
Enchi a barriga num restaurante onde supostamente já serviram mais de 1.200.000 doses desta especialidade com 1200g. O manjar é tão grande que vem acompanhado de um avental de plástico, um balde para por os ossos e um rolo de papel de cozinha para a malta se limpar (toda a gente come aquilo com as mãos)
Se não bastasse o jantar, mais à frente deparamo-nos com uma gelataria onde para além de servirem umas bolas de gelado grandes ainda os acompanhavam com uma bomboca espalmada e chantilli por cima. Lá tive que fazer mais um sacrifício
O espaço é magnífico tanto de dia, como de noite, com muita animação, com diversos restaurantes, carrosséis e outros divertimentos, lojas, palcos de concertos, etc.
Fui andar neste de barriga cheia, se não fosse o ar fresco e o medo da altura, acho que tinha chegado mais leve cá baixo
Ao final da noite, fazem sempre um espectáculo de raios laser sobre um dos lagos do espaço. Vale a pena a visita, sem dúvida.
31/7: Copenhaga
Este seria o último dia para conhecer a cidade, pois na segunda-feira queríamos partir logo de manhã para Oslo assim que tivéssemos a mota. Assim, iniciámos o dia com um passeio de barco pela cidade (recomendo vivamente!) que nos permitiu ficar com uma ideia geral da cidade (que viemos a descobrir faz lembrar Amsterdão com os seus vários canais), aproveitando o resto do dia para deambular a pé pela cidade.
O simbolo da cidade, a sereia (e uma velhota que ia no barco, com uns óculos muita curtidos
)
Esta malta sabe apreciar a vida, sem dúvida...no meio da cidade, a malta tem estilo uma vivenda, com o seu modesto barquinho ancorado na parte de trás da casa
Nunca tinha visto um prédio habitacional com toda a "parede" exterior feita de vidro
Outro ponto alto do dia foi a visita a Christiania, que para quem não sabe, é um mundo aparte daquele que conhecemos, onde num quarteirão da cidade vivem umas centenas de hippies no meio de um bosque, onde se vendem livremente drogas de todos os tipos; destaque para a rua principal, com várias bancas a venderem “sabonetes”, comprimidos, folhas e outros formatos de todo o tipo de droga. Infelizmente não tenho fotos desta parte, pois os gajos proíbem fortemente (ouvi dizer que ficam com as máquinas fotográficas de quem for apanhado) que se tire fotografias nesta zona devido à polícia. Lá dentro, os hippies gabam-se também de ter o café mais seguro do mundo, pois dizem que a polícia tem feito centenas de raids ao longo dos anos, só que nunca apanha nada pois os gajos têm spotters distribuídos por todo o lado.
Assim chegou-se ao final do dia e da visita a Copenhaga, uma cidade linda, que recomendo vivamente a visita
1/8: Copenhaga – Suécia – Oslo (615 kms)
(a continuar)