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 Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010 
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
8ª Etapa – Glasgow – Inverness – 272kms – dia 1 Junho

Ao contrário da noite, o dia amanhece com chuva, levanta-se a duvida se deveríamos desmontar as tendas e seguir naquelas condições ou se ficar mais tempo e talvez seguir directo para Edimburg, ignorando a passagem por Inverness e Aberdeen.
O tempo avança, a chuva não passa até que decidimos arrancar mesmo assim. Quando planeamos a viagem sabíamos que teríamos dias assim e aquela chuva não podia ser desculpa para não concretizarmos o que tínhamos planeado, até porque afinal, aquelas eram as estradas que nos iriam fazer percorrer algumas das estradas das Highlands e não fazer aquele percurso não tinha qualquer sentido.
Arrancamos debaixo de chuva e mais tarde que o previsto, saímos de Glasgow e apontamos à estrada que nos levaria a passar ao lado dos famosos lagos que caracterizam a Escócia.
A chuva fica para trás e fica a penas o cinzento do céu, o almoço faz-se ao lado de um lago imenso, reinava a calma.
Barriga cheia e voltamos a arrancar. O cinzento fica também para traz e começamos a entrar naqueles que considero as estradas mais bonitas da Escócia, curva atrás de curva, sempre acompanhados pelos lagos de um lado e do outro o verde das florestas e sol a aquecer a viagem. A viagem faz-se a um ritmo calmo pois os sentidos não conseguiam assimilar todas as sensações que sentia.
Paragem aqui, paragem ali para tirar fotografias e para comentar o que estávamos a ver. Rolávamos a algum tempo e sem nunca avistar qualquer bomba, até que ao final de 150 kms encontramos as 1ª bombas, encostamos a aproveitamos para atestar as motas pois não sabíamos quando encontraríamos as próximas.
Enchemos os depósitos e enquanto esticamos as pernas, um escocês ao efectuar marcha atrás, chega-se mais perto de nós, naturalmente nem ligamos. Regressamos às motas e quando vou a entrar novamente na estrada, vejo que está uma pessoa a falar com eles, aguardo e juntos retomamos viagem. Mais disseram que o sr. era o condutor do carro e estava a pedir desculpa pelo facto de se ter aproximado de nós, a boa educação reina por aqueles lados.
A paisagem continua deslumbrante e fazemos nova pausa em Fort William, escolhemos um MacDonald’s para comer um gelado.
A hora já ia avançada e a chegada a Inverness já seria muito tardia, faltavam cerca de 150kms feitos em estrada nacional com muitas curvas, decidimos então dormir pelo caminho, acabamos comer algo mais que nos serviu logo de jantar e retomamos novamente à estrada.
Logo à saída de Fort William, vimos indicação de um parque de campismo, seguimos as indicações e fomos ao encontro do parque de campismo de Ben Nevis. Ben Nevis é a montanha mais alta da Escócia e o parque fica situado no sopé da montanha. Chegamos mesmo em cima da hora pois estava mesmo a fechar, fizemos as inscrições e fomos montar as tendas.
Montadas as tendas fomos dar uma volta a pé para ver o que havia por perto, havia vários trilhos que davam acesso à montanha, encontramos 2 pessoas, com walkie-talkies e binóculos a olhar para a montanha, estranhamos e aproximamo-nos para ver o que estavam a tentar ver na montanha à noite. Concluímos que andavam pessoas perdidas na montanha, trocamos algumas palavras para ver se conseguíamos ajudar e o grupo passou de 2 para 5 pessoas a olhar para a montanha, até que de repente, vimos umas luzes na montanha, finalmente tinham encontrado o trilho e já estavam de regresso.
Era hora de voltar à tenda e dormir.
Acabou por ser o único dia que não conseguimos fazer o percurso a que nos propusemos.

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24 nov 2011 23:06 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
espero que esta viagem nunca mais tenha fim :) .... espectaculo parabens

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26 nov 2011 01:51 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
Fotos fantasticas!!!!!!!! :clapp: :clapp:

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01 dez 2011 00:51 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
Bem, para nao ser sempre o mesmo a falar da viagem, deixo tambem aqui eu o meu contributo:

A estrada de Glasgow para Inverness foi sem duvida a minha preferida, e o que mais me marcou a memoria. A paragem no Ben Nevis, forçada, revelou-nos a presença da natureza, o mote da viagem. Os verdes, os rios, as montanhas, a vida animal entravam pelos olhos a dentro sem que fosse possivel impedir. A mim apanhou-me desprevenido, desconhecia até então a existencia de um Ben Nevis, talvez tenha sido um chamamento - porque apesar de serem apenas 19h, e ainda haver luz até proximo das 23h, tudo fecha. Fecham restaurantes, fecham os parques de campismo, fecham-se as pessoas em casa. Creio até que ouvi um sino a rebate que intrinsecamente ordenava aos locais que se isolassem!

Bem, deixo aqui a foto de saida do parque na manha seguinte, onde chamo a v/ atenção para o altamente profissional sistema de isolamento dos n/ pertences que nao cabiam no top case, um saco plastico de lixo contaminado, no meu caso, no caso do Moreira, um vulgar saco de lixo. Ali viajavam sacos cama e as tendas! Sempre secas!

No banco da Cat viajavam duas pessoas! Era mais quente assim :)


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Moreira, prossegue!

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01 dez 2011 14:55 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
ora pois então vou continuar

fic mais um dia de viagem

9ª Etapa – Inverness – Aberdeen – 194kms – dia 2 Junho previsto
– Fort William – Aberdeen – 344kms – dia 2 Junho real

O dia começa cedo, amanhece alegre e com sol, desmontamos as tendas e arrancamos pois queríamos passar por Loch Lochy, Invergarry, Fort Augustus, Loch Ness e Urquhart Castle.
Sem dúvida, os dois melhores dias de viagem. Em Fort Augustus vale a pena a paragem para apreciar o sistema de canal de elevação dos barcos. Seguimos sempre ao lado do Loch Ness sem nunca ver o monstro, bem que espertei mas ele nunca se quis mostrar. A paragem seguinte foi no Urquhart Castle. O famoso castelo em ruínas situado nas margens do Loch Ness é realmente imponente.
Seguimos até Inverness, a capital das Higlands onde simplesmente almoçamos e bebemos o nosso café, alias tinha sido este o propósito que serviu de desculpa à viagem.
Já de barriga cheia atravessamos a cidade, daquilo que vimos nada nos despertou interesse o que nos levou a seguir caminho até Aberdeen.
Caminhos bastante agradáveis de se fazer, o verde dos campos eram a nossa companhia. Até Aberdeen ainda visitamos mais dois castelos, como estávamos na rota do whisky decidimos ir visitar umas das fábricas de whisky, seguimos então as indicações para a fábrica do whisky Glenfiddich. Lá chegados vimos que a fabrica já tinha fechado, seguimos então caminho para Abeerden.
Uma vez mais a dormida ia ser feita num parque de campismo, perdidos, ou não, no meio das estradas secundárias lá encontramos o referido parque.
Instalações suficientes para o pretendido. Travamos conversa com a única caravana que estava daquele lado do parque. Um casal de escoceses já reformados que ia variando entre as viagens, quer pelo país quer fora deste, e tomar conta dos netos.
A janta é feita em género de piquenique, acompanhado por uma garrafa de tinto.
O sol ainda brilhava mas as horas já iam avançadas e o corpo já pedia descanso.

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10 dez 2011 12:09 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
muito boas fotos :pop)


10 dez 2011 12:29 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
10ª Etapa – Aberdeen – Edimburg – 200kms – dia 3 Junho

Mais um dia que desperta com sol, fora da tenda ouvia-se o chilrear dos pássaros, estávamos mesmo no meio do campo.
O percurso para o dia era curto, estavam estimados cerca de 200kms, pelo meio uma paragem há saída de Aberdeen, em Stonehaven, para visitar mais um castelo, desta feita o Dunnottar Castle.
Em ritmo calmo lá chegamos à bela vila de Stonehaven. Paramos as motas e a pé seguimos as indicações para o castelo. Grande caminhada que se fez pelas falésias mas a as vistas que nos enchia os olhares compensava claramente os longos 3 ou 4 kms que tivemos de percorrer até chegar ao castelo.
Majestoso o que a olhos me transmitiam, ali estava ele, bem no cimo de uma falésia aquele enorme castelo, parte em ruínas parte já recuperado, por ali nos perdemos, deixamos o tempo passar sem nos preocuparmo-nos com mais nada.
Na altura de regressar, a memória lembrou-nos dos penosos kms que tínhamos de fazer a pé para regressar às motas, mas eles tinham de ser feitos.
No regresso, cruzamo-nos com um casal de americanos que estava a fazer a rota do whisky a pé, o sr. sem perceber muito bem o que ou o porque, dá em rebolar trilho abaixo, por descuido, enfiou o pé num buraco e desequilibrou-se, o que o levou a fazer alguns metros aos trambolhões. Rapidamente alçamos o sr e o ajudamos a levantar, ainda a recompor-se o susto, o Tiago diz-lhe “eu vi, foi um coelho que te agarrou o pé”. Risada geral, o homem quase se matava e ele sai-se com um comentário daqueles. Lá dizemos ao sr para ter cuidado com os coelhos e retomamos a caminhada para alcançar as motas.
Elas, as motas, lá esperavam por nós, já refeitos da caminhada retomamos o caminho até Edimburgo, onde iríamos ficar 2 dias.
Quando estávamos a entrar em Edimburgo, pela Forth Bridge, vimos do nosso lado esquerdo aquilo que parecia uma ponte gigante de feita de lego, estou a falar da Forth Rail Bridge. Ficou em falta a paragem para tirar a fotografia.
O Tiago segue na frente e as indicações para chegar ao sitio onde íamos dormir estavam divididas em duas folhas, ele tinha a primeira e eu tinha a segunda, o combinado era depois seguir eu na frente para quando ele me desse indicação.
A certo ponto, apercebo-me que estávamos nos subúrbios, Edimburgo estava do nosso lado direito, o Tiago estava perdido, lá seguimos e vamos dar à praia, Não resisti e fui ver a temperatura da água, estava quentinha.
Mais descansados, retomamos o caminho e finalmente lá entramos na cidade, seguimos as indicações mas nada do Holyrood Aparthotel, sitio onde iríamos pernoitar por uma noite, a 2ª noite ainda estava em aberto, pois trocamos os dedos na reserva e apenas reservamos uma noite.
Avenida acima, avenida abaixo até que paramos as motas e vamos a pé à procura do local para dormir. O acesso fazia-se através de uma ruelas. Acomodações impecáveis, funcionários sempre disponíveis e põe lapso ou não, ainda nos ofereçam a parque das motas.
O repasto fez-se numa pizzaria e seguiu-se um passeio nocturno pela cidade.
O dia seguinte foi para visitar Edimburgo, logo pela manha trocamos de hotel, arranjamos um apartamento situado na zona velha/histórica da cidade. Trocados de instalações, foi tempo de deambular pelas ruas cinzentas e castanhas mas animadas da cidade.
As ruas cheias de vida e de turista, incentivavam ao convívio e ao passeio. O Tiago acaba por ser entrevistado para a BCC e durante a entrevista sai-se com mais uma das deles, “Edimburgo não é Escócia”. Deixa o entrevistador curioso mas a explicação é fácil, Escócia é verde, calma e de gente modesta e comedida, Edimburgo é uma cidade sem verde e com muita vida.
O dia termina com um jantar caseiro acompanhado com uma bela sangria e com o pôr-do-sol a servir de pano de fundo no horizonte.

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17 dez 2011 11:19 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
Para os mais atentos, a estação de televisão é a BBC, e não BCC...

E umas fotos dos "monumentos" de edimburgo, não há?

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17 dez 2011 19:00 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
tiagu Escreveu:
Para os mais atentos, a estação de televisão é a BBC, e não BCC...

E umas fotos dos "monumentos" de edimburgo, não há?


e ajudares a coloca-las não? :cachaço: :D


a ver se é desta que termino a reportagem

aqui estão elas ... Fotos de Edimburgo

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14 jan 2012 14:11 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
Belas fotos :okkk:

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14 jan 2012 15:50 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
11ª Etapa – Edimburg – Newcastle – 181 kms – dia 5 Junho

Dia de sair de Edimburgo. Mais um dia que acorda com sol. Hora de ir buscar as motas e carrega-las para sairmos para Newcastle. Percebemos o que tinham sofrido quem nos tinha levado as malas para o apartamento. Interrogamo-nos se saberiam o que eram elevadores mas de certeza que acharam mais engraçado fazer umas escadas em caracol como única serventia … ainda bem que estávamos no 5 andar.
Antes de arrancar ainda houve tempo para mais umas compras. O difícil foi mesmo encontrar espaço para as arrumar.
Como não poderia deixar de ser, a saída também foi um pouco complicada … tal como a entrada. Lá demos com a direcção correcta e fizemo-nos à estrada. Como ainda estava em falta a visita a uma destilaria, no caminho seguimos a indicação para a Glenkinchie distillery. Largamos a estrada principal e enfiamos nas estradas secundárias até que lá damos com a destilaria. Esta destilaria faz grande parte dos whiskys conhecidos. Logan, JB, … Lá visitamos a destilaria, ficamos a perceber que o processo de fabrico é igual ao da cerveja, variando apenas o processo de destilação.
Chegado á zona das provas, eis que um grande cartaz bem em português para a marca JB.
Hora de prova … ou não … não consigo atinar com o sabor do whisky.
A visita acaba não sem antes ter de se comprar a tradicional garrafinha de recordação até que me lembro “onde raio vou levar a garrafa?”. Das duas uma, ou comíamos a comida que estava guardada no top case ou então dávamos cabo da garrafa ali. A 2ª opção não nos parecia mal mas ainda queríamos fazer mais uns kms e ir dormir a Newcastle. Lá arrumamos a comida no estômago e a garrafa no top case.
Era altura de retomar a estrada mas nenhum e nós sabia fazer o caminho de regresso. Arranco na frente e saio em pura navegação de instinto, continuamos nas estradas secundárias, até que ao final de uns bons 40 kms, retomamos a estrada principal. Apontamos em direcção a Newcastle. A dormida foi feita num parque de campismo que se situava bem fora de Newcastle. Chegamos cedo mas quase em cima da hora de fecho da recepção do parque.
O parque era um autêntico granel em tudo ao contrário do que já estávamos habituados, estávamos a chegar às grandes cidades e isso até já era evidente nos parques.
O espaço para montar as tendas era ao lado das caravanas e em terreno inclinado … Montamos as tendas e saímos em procura de um sítio para se comer. Opinião unânime, queríamos comer comida à séria, um verdadeiro bife.
Lá paramos num restaurante, cá fora havia animação, havia umas quantas pessoas vestida a reportar alguma época que nenhum de sabia bem qual.
Menta para cima da mesa, eu e a Ana apontamos para um bife, receosos que fosse mais um daqueles bifes em carne condensada, o Tiago, como vinha a ser regra na viagem, em caso de dúvida, escolheu galinha.
Esclarecemos as dúvidas e lá vem os bifes … e que regalo de bifes … as vacas por aquelas zonas são bem boas …
Enchemos a barriga, rimos um bocado, apreciamos a animação que nos rodeia e fazemos tempo para regressarmos aos sacos.
No parque ainda havia vida … demasiada vida em redor das nossas tendas. Vamos dormir … ou tentar … Sozinho na tenda adormeço e quando acordo com os miúdos na rua a gritar e a brincar, vejo luz e penso que já era de manha, procuro o relógio e vejo que, para desespero meu, marcava perto das 00:30h … lá volto ao sono.


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15 jan 2012 12:47 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
12ª Etapa – Newcastle – Notthingam – dia 6 Junho – 257kms

Acordo novamente com barulho, mas será que estes ingleses não dormem?! … Quando saio da tenda já o Tiago e a Ana andavam a pé. Caras de mal dormidos pergunto se tinham passado bem a noite. Ao que parece um pato tinha andado a rondar atenda deles toda a noite e que não os tinha deixado dormir. Ao que parece ainda pensaram em fazer um arroz de pato mas depois lá se aperceberam que não tínhamos trazido o forno e assim também não valia a pena matarem o bicho.
Desmontamos as tendas e fazemo-nos ao caminho. O destino foi Notthingam.
Fomos quase directos, sem grandes desvios ou paragens. Fomos directos à pensão Hylands, que não apresentava grandes luxos mas era o suficiente para passar uma noite. Deixamos as coisas e fomos passear pela cidade. Ainda procuramos pelo Robin mas ao que parece ninguém o tinha visto nos últimos tempos, ainda pensamos saquear os locais mas rapidamente percebemos que é uma cidade jovem que vive de estudantes.
Ainda atormentamos os locais com figuras tristes. Tentamos comprar postais mas como a escolha era vasta e rica acabamos por comprar todos iguais. Jantamos num restaurante pitoresco e diferente e regressamos ao descanso da cama. O dia seguinte avizinhava-se longo e cansativo.

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16 jan 2012 22:16 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
13ª Etapa – Notthingam – London – Calais - Noyelles Godault – 440kms – dia 7 Junho

Este foi o dia de deixar a ilha … logo que já estávamos habituados a circular à esquerda …
Mais um dia que começa cedo, objectivo ir almoçar a Londres, mais propriamente ao Ace Café, estavam pela frente cerca de 200 kms.
Esperava-nos mais um English breaskfast … o último desta aventura … depois da barriga reforçada e das motas carregadas fizemo-nos à estrada.
O dia estava meio encoberto, estava na duvida se choveria ou não. Rolou-se sem grandes pressas e sem grandes desatinos, o único desatino foi mesmo encontrar o caminho certo para o Ace.
Levávamos apenas como indicações um pequeno mapa, mas com tanta estrada circundante acabamos por nos perder. Estávamos perdidos nos bairros circundantes até que perguntamos onde era o Ace. Como não podia deixar de ser, era bem perto de onde estávamos.
Lá seguimos as indicações e lá encontramos o Ace. Era uma normal 2ª feira, o parque estava vazio, estavam apenas 3 ou 4 motas paradas cá fora. Longe dos reboliços normais de 2ª feira ou de outros tempos mas dava para perceber a história e a mística por detrás daquele edifício.
Lá entramos e lá nos repostamos numa mesa. Pelas paredes vários eram os relatos de histórias de outros tempos, os confrontos entre os MOD’s e os Rocker’s, a história do Ace desde os seus primórdios.
Ali estávamos naquele local cheio de história e com tanta diferença cultural, mas várias mesas víamos pessoas desde o executivo de fato e gravata ao motard mais hard, tanta diferença mas sempre com uma semelhança, todos amantes das 2 rodas.
Almoço feito e hora de nos fazermos novamente à estrada, deviam ser por volta das 15h e o comboio estava marcado 20:20h mas tínhamos de estar até 30 minutos antes para fazer o check-in, o que nos dava cerca de 4 horas para percorrer cerca de 120kms até Folkestone.
Tínhamos duas hipóteses, ou atravessar Londres ou então fazer o caminho pelo exterior e em vias rápidas. O tempo parecia-nos curto mas a vontade da Ana em atravessar Londres de mota incentiva-nos e arrancamos em direcção a Londres, sem qualquer indicação ou mapa de orientação.
Seguimos apenas o meu instinto de orientação, dado que o do Tiago na ilha estava avariado, e lá fomos ao encontro do coração de Londres. Transito muito transito, consigo derrubar um pino que estava a estorvar na estrada, mais há frente uma menina pensa em não respeitar o sinal vermelho para os peões, vacila e ameaça que vai passar a estrada, prega-me um susto de todo o tamanho mas ela quando viu a varo apontada a ela, retorna ao passeio.
Depois do susto Londres é atravessado nas calmas para apreciar as vistas, agora de forma diferente, vou reconhecendo as ruas e os monumentos que vamos passando, quando damos por nós estamos a passar a London Bridge, andamos por mais alguns kms nos bairros circundantes à cidade, para depois retornar à via rápida que nos levaria a Folkestone.
Atravessamos a cidade em hora e meia e que nos permitiu chegar ao comboio hora e meia antes do que estava marcado. Fizemos o check-in e embarcamos mais cedo.
As motas foram as últimas entrar, a fazer a travessia acompanharam-nos um Ducati Monster Inglesa, uma Honda CBF 600 e uma Suzuky GSXR 1000, ambas polacas. Não houve lugar a cordas a segurar as motas, o procedimento foi mesmo parar as motas dentro do vagão e rezar para que elas não caíssem com os solavancos …
Saímos em Calais ainda de dia e faltavam cerca de 120 kms até Noyelles Godault, sítio onde íamos passar a noite.
Sem grandes pressas rolamos nas autos estradas francesas, foi bom voltar ao lado correcto da estrada.
Lá chegamos ao nosso destino já de noite e por volta das 22h.A dormida fez-se no Premiere Classe Henin Beaumont, um hotel que mais parecia um motel … a Casa de banho parecia saída de um vaivém … mas para passar uma noite era o suficiente.
Tentamos ir comer qualquer coisa nas redondezas mas o tormento da ilha parecia que não nos largava, ao que parece já era tarde e estava tudo fechado. O jantar faz-se no Mac …
Barriga arremediada e era tempo de ir por o corpo na horizontal.


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18 jan 2012 23:38 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
14ª Etapa – Noyelles Godault (Calais) – Clermont-Ferrand – 610 kms – dia 8 Junho

O telemóvel dá o mote, hora de despertar, lavar o corpo e voltar novamente à estrada. As previsões meteorológicas do dia anterior pareciam querer-se confirmar-se, estava frio e o céu cinzento. Mal sabia eu o que me estava reservado neste dia …
O destino era Clermont-Ferrand pela frente cerca de 600kms, com paragem em Paris para fotografia debaixo da Torre Eiffel e almoço.
Carregamos as motas e antes de nos fazemo-nos à estrada fizemos uma paragem num continente lá da zona, para comprar algo para o pequeno-almoço. Eu fico cá fora ao pé das motas, não fossem elas fugir, enquanto a Ana e o Tiago vão às compras. Eles demoram … eu desespero … até que por fim eles lá aparecem.
Início de uma revolução francesa no interior era o que tinha motivado toda aquela demora.
Lá comemos qualquer coisa e definitivamente fazemo-nos à estrada.
O tempo não melhora e o céu cinzento acompanha-nos até às portas de Paris. Devido ao tempo que tínhamos perdido de manhã, questionamo-nos se devíamos passar ou não por Paris, eu motivado pela rápida travessia de Londres, disse que deveríamos passar … não sabia eu estar calado …
Enfiamo-nos então nos subúrbios de Paris com esperança de encontrar indicações para o centro ou então visualizar aquela coisa pequena de seu nome Torre Eiffel para que nos servisse de ponto de orientação.
Como não podia deixar de ser, nem uma coisa nem outra, o sol aparece e o frio dá lugar ao calor. As ruas estão infestadas de coisas irritantes a zumbir nos ouvidos, sim refiro-me às scooters, que se ultrapassam pela direita, pela esquerda, ou por qualquer outro espaço livre. Reina a anarquia naquela terra, parados nos semáforos sem qualquer espaço livre tentam ultrapassar-nos no arranque. O calor aperta cada vez mais e o excesso de roupa começa a fazer-me transpirar e a perder a calma e a sensatez. Rolava na roda do Tiago, já irritado com tudo aquilo e com o desespero de parar para tirar metade da roupa que trazia vestida, arranco desalmado pelas ruas de Paris, de repente a Varadero larga o pânico pelas ruas de Paris, os carros e as scooters passaram a ser meros obstáculos que eram contornados de forma completamente alucinada. Deixo o Tiago para trás, aguardo num semáforo por ele, reagrupados e mais calmo arranco na frente, baralhado com o trânsito caótico, engano-me no cruzamento, em vez de ir dar à Torre Eiffel vou dar aos “Champs Elysées” … paramos as motas numa das perpendiculares, num estacionamento que devia dar para cerca de 30 motas devias estar lá paradas mais de 60 … começa a festival de tirar roupa bem no meio da rua, por breves momentos quase que montei uma bancada de venda de roupa … até que chegam novamente o Tiago e a Ana que tinham ido à procura de outro estacionamento, dado aquele ter tanto espaço “livre”. Eles só me chamam maluco e irracional, sou forçado a concordar com eles, mas estava desesperado …
Lá nos fazemos, a pé, à famosa avenida dos “Champs Elysées” que está apinhada de gente atarefada e de turistas de máquinas em punho.
Percorremos apenas um bocado da avenida e regressamos às motas para ir-mos até à Torre. Com bastante mais calma lá atinamos com o caminho. Era o momento da malograda fotografia e de comer um cachorro quente, que não sabia a nada.
Realmente aquele monte de ferro ali plantado no meio da cidade até tem alguma graça mas o recinto estava assolado de ciganos a pedir dinheiro, todo o cuidado era pouco, pois ao mínimo vacilo as carteiras passavam de dono.
O deslumbre do monumento fica assim marcado pelo ambiente que se sente. Os jardins eram batidos pelo exército de caçadeiras na mão.
Era altura de retomar o caminho para o destino, tínhamos perdido muito tempo e ainda nos faltava dar com o caminho pretendido. Lá voltamos à estrada e ao contrário da manha, facilmente demos com o caminho e saída, que também não tinha indicações. Naquela brincadeira “perdemos” 4 a 5 horas. Carros mais carros, apanhamos muito transito para sair da cidade, até que bem já fora da cidade paramos para atestar numas bombas.
Como o meu francês é do muito fluente, cada vez que ia pagar limitava-me a dizer o número da bomba e dava o cartão, interiormente rezava para que não me dissessem nada. Como o dia estava a correr muito bem, o marroquino de semblante carregado, começa a falar comigo. What the fuck, pensei eu, faço sinal para ele aguentar um bocado e chama o meu tradutor. O Tiago lá se entende com ele e o meu cartão de crédito tinha sido cancelado … o gajo já queria chamar a policia pois o cartão estava com um alerta de roubo … lá lhe mostro o BI e comprovo que o cartão é meu, devolve-me o cartão e faço o pagamento, lá seguimos viagem.
Entramos então na auto-estrada lá da zona, tínhamos 400kms sempre em AE até Clermont-Ferrand. Viagem, secante e entediante, sempre a direito, para aliviar as costas e as pernas, de vez em quando procurava uma nova posição em cima do banco. Lá descubro que se fosse deitado em cima do saco de depósito aliviava bastante as costas, deixo-me ficar e assim faço muitos kms, até nova paragem em outra bomba para atestar a Cat e esticar as pernas.
Entre palavras lembro-me de retirar o ticket da AE que tinha colocado no saco de depósito para guardar no blusão e eis que ticket nem vê-lo… apenas estava lá o sitio … vazio.
Sai um enorme F… e começo a rir-me que nem um perdido, a Ana e o Tiago perguntam o que se passa, até que lhes digo que tinha perdido o raio do ticket. Ficam impávidos a olhar para mim, não queriam acreditar que eu tinha perdido aquilo. Reviram-me o saco de depósito, o blusão as calças, o topo case, tudo e mais alguma coisa, lá se convenceram que efectivamente o tinha perdido, muito provavelmente foi quando vim deitado em cima do saco … o dia estava mesmo a correr-me de feição.
Entre isso ligo para Portugal para saber o que se tinha passado com o cartão, ao final de não sei quantas chamadas, entendo que o cartão tinha sido cancelado por burrice deles, não havia forma de dar a volta à coisa, o cartão estava mesmo cancelado …
Esquecido o cartão, a nova preocupação era como ia eu sair do Auto estrada sem o ticket, tínhamos mais de 200kms feitos e faltavam outros tantos, penso na coima que se aplica em Portugal e começo a fazer contas à vida, a brincadeira ia-me sair cara.
Arrancamos e começo a pensar na melhor forma de me desenrascar, tapar a matrícula e passar sem pagar, arranjar forma de sair do auto estrada nas zonas de emergência ou então pura e simplesmente abalroar as vedações e depois entrar na estrada nacional, que me pareciam algo frágeis. Paro e comento que vou tentar sair da AE, apenas dizem que sou maluco . Voltamos a arrancar e começo a tentar procurar o melhor sítio para efectuar a fuga, ainda para umas 3 ou 4 vezes mas as zonas são de difícil acesso, começa a ficar de noite e começa a chover.
O lado meu lado consciente volta, estava implantar-se uma tempestade, ia fugir da AE sozinho sem falar nada de francês e o dia não estava a correr muito bem, decido ir até ao final e depois logo ver qual era o agravamento de ter perdido o ticket.
Debaixo de chuva lá chegamos às portagens, deixo os meus tradutores encarregues de explicar o sucedido, não havia volta a dar, tinha de pagar a multa. O trajecto normal eram 15€, a portageira diz “vingt” eles entendem “cent” e eu limito-me a dar o cartão … Lá se entendem, percebem que teria apenas de pagar 20 €, a multa era de apenas 5 €, sorte no meio do azar do dia.
Por volta das 22h lá chegamos a Clermont-Ferrand. Como não podia deixar de ser lá tivemos mãos umas complicações. Dar com o Hotel Lune Etoile não foi coisa fácil, andamos perdidos, perguntamos várias indicações e ninguém sabia onde ficava, depois de quase uma hora a andar às voltas lá encontramos alguém que nos deu as indicações correctas, chegamos ao hotel por volta das 23h.
Descarregamos as motas e fomos até ao quarto. Acomodações nada de especial mas o suficiente para relaxar o corpo. As barrigas estavam vazias, não vimos nada aberto nas redondezas a não ser um Mac. A Ana já enjoada de tanto Mac e sem outra hipótese de escolha lá cede, era isso ou passar a noite de barriga vazia.
Lá vamos até ao Mac, apenas estava a funcionar o Macdrive, fazemos a encomenda e dirigimo-nos ao guichet para levantar a comida. Eis um novo problema, estávamos a pé e assim não havia comida para ninguém, politica da casa, explicávamos que tínhamos as motas no hotel e saímos a pé, nada feito, se queríamos comer, tínhamos de ir buscar um veículo, nem que fosse uma bicicleta, para podermos encomendar e comer.
Já ninguém tinha apetite mas lá fui eu buscar a mota para ninguém ir dormir de barriga a dar horas. Deixamos as motas paradas uma ao lado da outra, mas a mota do Tiago dificultava a saída da minha, em género de malabarismo, para conseguir tirar a minha tive de segurar na dele também, a minha mota vacila e deixo-a cair para cima de uma parede, conclusão, top case riscado e capacete a rebolar no chão. Estava em solo francês há pouco mais de 24h e já estava farto daquela terra.
Lá fui ter com eles para comermos e depois regressamos ao hotel.
Finalmente o dia de terror tinha chegado ao fim, hora de dormir.

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19 jan 2012 20:58 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
15ª Etapa – Clermont-Ferrand – Barcelona – 650kms – dia 9 Junho

Mais um dia de erguer cedo, finalmente o dia de deixar França para trás e entrar na terra de nuestros hermanos, a ver se o dia corria sem as peripécias do dia anterior.
Preparamos as coisas para sair cedo, tínhamos pela frente mais 650kms, se desse tempo ainda queríamos passar por Andorra, a ideia agradava-me, pensar em ir fazer as curvas dos Pirenéus deixava-me com um sorriso na face.
Quando chegamos à recepção para fazer o chek-out, estava uma equipa de filmagens à nossa frente, tivemos de esperar.
O dia estava chuvoso, finalmente lá nos pomos à estrada, pela frente muitos kms de vias rápidas, os pontos altos seriam a passagem na ponte de Millau e, caso fosse possível, a passagem por Andorra.
Há medida que cada vez mais deixamos Clermont-Ferrand para trás, pior se torna o tempo.
Instala-se um vento forte que nos dificultava a condução, rolamos a baixa velocidade, tínhamos muitas dificuldades em manter as motas direitas, cada vez que olhava pelo espelho via a Cat toda torta, qual não era a força do vento,
A navegação exige muita concentração e desgaste, pela primeira vez em toda a viagem penso em desistir, o desgaste e o cansaço era demasiado. As paisagens que nos acompanham eram bonitas mas não as podia contemplar na sua totalidade, um erro de distracção naquelas condições iria ter um “preço” muito elevado.
Aproximamo-nos da famosa ponte de Millau e apenas me vêem um pensamento à cabeça, se fora da ponte estava o vento que estava, então em cima da ponte muito provavelmente iria levantar voo. Passadas as portagens que antecedem o acesso à ponte, sim não se pense que apenas em Portugal se tem de pagar para passar na 25 de Abril ou na Vasco da Gama, e pagos quase 5 € para fazer a travessia, lá estava a ponte. Efectivamente era imponente e muito bonita. Devido ao cansaço e à distracção nem paro no miradouro que dá para a ponte, passamos assim sem ficar um registo fotográfico do momento.
A travessia faz-se sem vento, parece que tinham fechado as “janelas” e já não havia corrente de ar, o sistema instalado para reter o vento era efectivamente eficaz, mas assim que passamos a ponte a corrente de ar forte volta … e com ela a baixa velocidade.
Tudo foi esquecido quando apanhamos pela frente uma subida enorme de 3 filas e trânsito nem vê-lo, foi o deleite poder curvar naquele traçado, a estrada parecia um serpentear e nós em sintonia com ela, por momentos o vento acalma o que nos dá cerca de 5 minutos de prazer a conduzir, em cada curva, em cada inclinação, o alcatrão estava ali bem perto, até que a subida dá lugar à descida e o vento volta …
Já sem forças, desgastados e com fome paramos perto de Monblanc para comer, instalamos arrais num lidl lá da zona, compramos comida e montamos a mesa na rua para comer.
O desgaste via-se nas nossas caras, estávamos todos desolados e cansados, para fazer cerca de 350kms tínhamos demorado quase 5horas. A passagem por Andorra estava comprometida, o cansaço já era muito, estava a ficar tarde e não queríamos chegar de noite a Barcelona.
Mais recompostos voltamos arrancar, o vento nem sinal dele, a chuva vai-se embora e voltamos ao ritmo normal. Perto de Perpignan voltamos a parar, os depósitos estavam vazios. Tínhamos de decidir de íamos passar ou não por Andorra, a Ana mostra-se cansada, o Tiago em dúvida, por mim fazia o “desvio”. Eu já conhecia Andorra, deixo a decisão para eles. Acabam por tomar a decisão mais consciente, deixamos a passagem para outro passeio.
Lá seguimos caminho até Barcelona, à nossa espera estava uma bela acomodação que nos iria servir de guarita nas próximas 3 noites. Entramos em solo espanhol e paramos numa zona de descanso, estendemo-nos pelos bancos de jardim, a Ana e o Tiago dizem que adormeci … muito provavelmente tem razão … estava muito cansado.
Mas calmas percorremos os kms que faltavam até Barcelona, em género de brincadeira avisam-me que não era para fazer o mesmo que eu tinha feito em Paris. Finalmente entramos na cidade e devagar encontramos o hotel, desta vez sem gajos alucinados a andar a fundo.
O jantar faz-se num restaurante agradável e calmo, começa-se a fazer o rescaldo da viagem, teríamos 2 dias de descanso em Barcelona e a próxima etapa levar-nos-ia de regresso a casa.

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Algumas fotos de Barcelona

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16ª Etapa – Barcelona – Lisboa – 1260kms – 12 Junho

Foram dois dias de descanso e passeio pela cidade, sem dúvida que me mudava para ali, tinha muita vida.
O dia de regresso cedo e sem história, o combinado era começar a carregar as motas por volta das 6h, mas os meus companheiros de viagem adormeceram e só acordam quando bato á porta.
Começo a carregar a mota até que eles aparecem, faz-se o check-out e arrancamos por volta das 7h.
A viagem faz-se nas calmas com paragens de 200 em 200kms para não massacrar o corpo, pois iria ser um dia longo.
A viagem em solo espanhol é feita debaixo de chuva intensa, por vezes parecia que o céu desabava sobre nós.
A chuva era tanta que por duas vezes, a roupa que levava por dentro do fato fica molhada, uma das vezes sou obrigado a trocar de calças de ganga, a outra vez, já em Badajoz seco a camisola num secador de mãos.
Voltamos a arrancar, ansiosos por entrar em território luso e poucos kms depois de entrar em Portugal, o sol volta a brilhar, as nuvens e a chuva tinham ficado em Espanha.
O sol estava a dar-mos a boas vindas e acompanhamos até Vendas Novas onde paramos para comer umas belas bifanas.
Enquanto enchíamos a barriga trocávamos ideias sobre o que se tinha passado, tinham sido 20 dias que nos marcariam para sempre. Nos olhos dos meus companheiros de viagem via-se um misto de alegria e tristeza, não era o mesmo olhar de há 20 dias atrás, esta viagem tinha-os mudado, talvez, a forma de ver as coisas certamente iria ser diferente.
As despedidas são feitas ali, em Vendas Novas, eu segui pela Nacional em direcção a Vila Franca para depois ir até ao Forte da Casa e eles voltaram a apanhar a auto-estrada para seguir até Carnaxide.
No caminho, já sozinho, ia embrulhado nos meus pensamentos, tentava fazer um rescaldo do se tinha passado, do que tinha vivido mas as emoções eram tantas que não as conseguia absorver.
Tinha passado por tanta coisa, por tanta peripécia e agora estava tudo a terminar, faltava pouco kms para chegar a casa e voltar a estar com a minha família.
O caminho até casa é feito nas calmas e com segurança, terminando assim 3 semanas de puro gozo.


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23 jan 2012 22:00 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
Excelente viagem :okkk:
Estou a tentar ganhar coragem para fazer a crónica da minha mas não está fácil.


23 jan 2012 23:35 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: Tudo nasceu em género de brincadeira - Escocia 2010
Belas paisagens [bigsmile]

estão ai 2 paisagens deitadas lindas :nhnhn:
:oops:

:lotlol:

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Abraço!

YBR 125cc


16 fev 2012 12:36 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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