No passado Domingo, juntei-me ao Rui Cabral e realizamos mais um excelente passeio fora de estrada.
Foi um passeio maioritariamente por trilhos já nossos conhecidos, mas com algumas novidades, fruto de alguma exploração do Rui.
Partimos dos Ginetes, e aventuramo-nos por algumas variantes dos trilhos já conhecidos, em busca de novos trilhos.
Estas variantes até prometiam, mas algumas delas levaram-nos a becos sem saída, a pastagens, ou mesmo a trilhos que iam exigir de nós mais disponibilidade temporal para exploração, ou mesmo que o piso estivesse um pouco mais seco, pois estavam demasiadamente escorregadios para permitir subidas.
No way out…
De volta ao trilho principal…
Uma coisa boa dos passeios com o Rui, é que não nos limitamos aos trilhos que todos passam, há sempre tempo para o desconhecido, mesmo que implique algumas surpresas ou voltar para trás.
Mais um trilho que parecia interessante, mas que não nos levava a lado nenhum:
Bem, voltamos a regressar aos trilhos principais, e efectuamos a subida dos Ginetes até às Sete Cidades:
Esta subida, como habitualmente, revelou-se trabalhosa, muito por culpa do quase rego único que temos que seguir, que se encontra quase sempre mole, húmido e escorregadio, além de estreito em algumas zonas, que acaba sempre por atrapalhar, levando por vezes a que a mota fique encaixada.
Bem que empurramos e puxamos, mas ficava sempre engatada…
Ainda deu para progredir bastante sem ajuda, mas a parte final está tramada.
Era escusado perder tempo, gastar energias, gasolina, etc, a solução mesmo era alargar ligeiramente o rego (soa mal…) e dar-lhe com alma:
Resultou na perfeição!
Após uma breve pausa, siga para bingo!
As Sete Cidades já não estavam longe, mas até lá, ainda tivemos algumas passagens que pediam mais cuidado.
Alguns trilhos estão com uma vegetação bem densa:
Ora aqui está um exemplo de civismo e a seguir, se utilizamos propriedade privada para atravessar de um trilho para o outro, devemos deixar SEMPRE os portões como os encontramos, isto é, FECHADOS.
E a vista das Cumeeiras para as lagoas das Sete Cidades, sempre magnífica:
Deixo aqui o registo da passagem por mais um belo trilho de Enduro, sentido Várzea - Ginetes.
O trilho é, simplesmente, uma grota, a qual foi descoberta quando o Rui e o André Cabral procuravam percursos para a prova de Enduro dos Ginetes,
Como todos nós sabemos por cá, as grotas são, normalmente, lugares muito complicados de circular, porque além de possuirem um traçado irregular, o seu piso é sempre muito mau, porque a muita quantidade de água que ao longo do ano atravessa as grotas, arrasta sempre muita pedra, terra, troncos de árvores, etc.
Portanto, era um percurso interessante e desafiante.
Entando para a dita grota:
Inicialmente pensei, será que tem saída? Será que o Rui sabe para onde vai?
Mas afinal o homem já tinha passado por lá.
Este Rui é um autêntico homem do leme, tem sempre qualquer coisa de novo para mostrar.
Assim que avancei mais um pouco na grota, os obstáculos surgiram de imediato, sob a forma de vegetação densa em algumas zonas, muita pedra, alguma areia e muitos buracos.
A progressão na gorta não era difícil, mas o facto de possuir muitas pedras, buracos e irregularidades diversas, obrigava a que a mota andasse muitas vezes em 1ª ou 2ª velocidade, além de que massacrava um pouco o físico, pois estamos constantemente a sofrer abanões e “pancadas” e a “lutar” paea manter o equilibrio.
Também surgiu algumas depressões que obrigavam a saltar da mota e a descer de forma faseada:
Esta grota, apesar de cansativa, dava muito gozo de atravessar, pricipalmente pelo cenário oferecido:
A progressão lenta obrigou-me a parar algumas vezes, porque a DR ficou a “escaldar”. Pobre DR, a grota estava a dar cabo da sua paciência...
Algumas zonas eram bem estreitas…
No entanto, não é possível percorrer esta grota em toda a sua extensão, porque chega-se a uma determinada zona em que existe um “drop” impossível de transpôr, porque deverá ter, talvez, à volta de uns 10 metros de profundidade.
Que pena…
E fim da grota!
Adorei atravessar esta grota até onde a mesma permitiu, porque além de puxar pelo físico, obriga a que nos empenhemos na condução, de forma a transpormos os obstáculos de melhor forma possível. Moeu, mas gostei!
Após a grota, já era tempo de regressarmos a casa, mas não sem antes darmos uma espreitadela na Ferraria, cá de cima do miradouro:
Depois de um passeio como este, sabia bem um mergulho nas águas quentes da Ferraria…
Mais um excelente passeio, na sempre agradável companhia do Rui, e com trilhos maravilhosos.
Na minha opinião, o trilho mais interessante deste passeio foi a travessia da grota, pois além de mais físico, era igualmente mais técnico e oferecia uma envolvência muito interessante.
Excelente!
Boas Curvas!