Neste Domingo passado, o passeio foi muito interessante, com a participação de 3 motas de Trial e 3 motas de Enduro.
Não é todos os dias que se junta um grupo assim.
Em termos de passeio, a costa norte foi a zona eleita, dado que a costa sul apresentava condições climatéricas pouco favoráveis, nomeadamente muito nevoeiro.
Após viagem até bem perto da Lagoa de São Brás, partimos à descoberta desta zona, já que a mesma ainda possui muito para descobrir.
Atravessamos alguns trilhos já nossos conhecidos, sentido Lagoa de São Brás. Um bom aquecimento para o que ainda estava para vir.
Lagoa de São Brás:
O Rui foi o nosso “tour leader” para este passeio, e quando assim é, espera-nos sempre trilhos interessantes e também algum trabalho extra para as motas de Enduro.
E assim que entramos nesta mata, vi logo que nos esperava algum trabalho físico…
Até aqui pacífico, trilho escorregadio, mas bonito. O pior estava para vir…
Bem, pior como quem diz, este trilho simplesmente deixa de ter continuidade, devido a um fosso que nos impede de continuar a circular em cima da mota.
Conclusão, as motas têm que passar à mão e recorrendo à ajuda de todos:
A passagem das motas de Trial de um lado para o outro é mais simples e rápida, ou não fossem estas motas autênticos peso pluma, mas com as de Enduro não é bem assim, ou seja, maiores e mais pesadas.
Mas tem que ser!
Uma operação aparentemente simples, mas que requer muito cuidado e atenção, porque o espaço que temos para realizar esta operação é pequeno, com pouca margem de manobra e perigoso, porque basta um decuido e podemos muito bem cair uns valentes metros.
Não percebi porque razão quase todos se agarraram à minha DR.
E a última de todos, a moto-serra do Ricardo:
Como é possível ver na foto abaixo, o espaço de movimentação era muito limitado:
O trilho que se segue é um espectáculo, mas trabalhoso, ou seja, subida pela mata, com um piso à base de vegetação, troncos de árvores caídos e muitos galhos de árvores a atrapalhar.
Este trilho é basicamente virgem ou seja, não passam motas por aqui e não temos qualquer referência em termos de zona ideal para progressão no terreno. Só passamos aqui uma vez e já tinha sido à muito tempo.
A progressão na mata até foi interessante, não obstante a “porrada” que apanhamos dos galhos, assim como o constante escorregar da mota, devido ao muito musgo existente.
Além disso, as raízes das árvores e troncos caídos, causam sempre constantes percas de tracção e desequilíbrios.
Por acaso fui vítima disso e tombei, o que motivou uma manete de travão partida. Paciência, continua-se sem travão.
Após alguma luta, que até foi divertido, lá chegamos ao fim do trilho, onde também aproveitei para mudar a manete de travão para uma nova.
Homem prevenido vale por dois.
Por esta altura, já estávamos a circular em áreas muito próximas das Lombadas e do Monte Escuro, iniciando-se a fase de exploração deste passeio, ou seja, tentar descobrir novos trilhos.
Claro que explorar muitas vezes implica andar às voltinhas e encontrar trilhos sem saída, mas é mesmo assim, faz parte.
Realizamos várias travessias de pastagens e até andamos a subir e descer montanhas, sempre em busca de novos trilhos ou pontos de ligação entre trilhos já conhecidos.
A dada altura, as condições climatéricas na costa norte melhoraram grandemente e permitiu-nos gozar de cenários fabulosos:
Mais uma travessia e mais algumas voltinhas por terrenos desconhecidos:
Não estava a ser fácil descobrir novos trilhos, especialmente por existir nesta área muita pastagem e poucas zonas mais adequadas à circulação de motas, ou seja, no fundo o que se pretende é andar o menos possível por pastagens, porque estas têm outro fim que não o fora de estrada.
De qualquer forma, estava a ser agradável e divertido andar às voltinhas, já para não falar da paisagem.
Estas travessias requerem sempre alguma atenção, porque por vezes escondem-se buracos no meio da vegetação:
O Ricardo encontrou um desses buracos e quase desapareceu:
Alô, Alô?
De salientar o excelente convívio entre a malta do Trial e malta do Enduro, com a bos disposição a reinar, bem como a camaradagem. Excelente!
Mais uma travessia…
El cronista:
A dada altura tivemos que começar a pensar em regressar, porque a autonomia das motas de Trial assim ditava, mas ainda houve tempo para mais alguns trilhos que iam surgindo pelo caminho.
Simplesmente lindo!
O estreante Álvaro Pereira estava cheio de genica com a sua KTM EXC-F 250:
Pela hora do almoço, o passeio para a malta do Trial e para o Álvaro estava terminado, restando Eu e o Ricardo, os únicos a depender das motas para chegar a casa.
Mas antes de irmos para casa, ainda tivemos tempo para realizar mais alguns kms, nomeadamente uma passagem pela Coroa da Mata.
Pelo caminho, mais um excelente cenário, onde apenas me ocorre a seguinte expressão, “the sky is falling”:
Ricardo a tentar levantar voo:
E com a Coroa da Mata terminamos o passeio.
Em suma, mais um excelente passeio que o Rui nos proporcionou, onde as condições climatéricas muito ajudaram.
Excelente grupo, excelente convívio e venham mais destes.
Boas Curvas!