Já lá vão alguns meses desde o meu último passeio de Enduro. Não sei precisar ao certo, mas penso que o meu último passeio de “cabrinha” terá sido em Agosto.
Entretanto tinha feito uma pausa de Verão, a qual prolongou-se mais do que o esperado, realizei muitos passeios touring, até que o “bichinho” do Enduro começou a “apertar” comigo e regressei aos passeios Enduro.
Já estava a precisar, porque assim que se torna um hábito, difícil mesmo é parar.
As pausas também são boas, especialmente as de Verão, mas assim que se prolongam em demasia, começamos a notar que algo está a fazer falta ;-)
Ora bem, tendo em conta que o vício já estava a causar alguma ansiedade, não perdi mais tempo e inseri-me no 1º passeio desta natureza, organizado pela malta habitual da ilha e do grupo do Facebook Enduro Açores.
À hora e local combinado lá estava eu pronto para o que desse e viesse.
O grupo que compareceu para este passeio foi muito interessante, não só pela quantidade, 11 motas, mas também pela malta que o constituiu, que variou entre os “hobby”, os “old school” e os “hard enduro”.
Estamos a falar de Vítor Ferreira, André Cabral, Paulo Machado, Alexandre Silva, Ricardo Silva, Rui Galante, entre outros.
Perante tal grupo, cheguei a pensar que este seria um daqueles passeios de vir todo “partido” para casa. Mas visto que já não andava à muito, não me preocupei muito com este factor, porque só me apetecia divertir e aproveitar ao máximo.
Com o grupo todo reunido, era tempo de suar!
O passeio teria como líder o experiente André Cabral, o qual garantidamente nos iria levar por bons trilhos de Enduro e com um nível de dificuldade variado.
E não foi preciso esperar muito até surgirem as primeiras dificuldades para alguns, sob a forma de uma subida, com o piso um pouco escorregadio e um degrau no fim da subida, que apanhou alguns de surpresa.
Ops…
Nada que um pouco de camaradagem não resolva:
Com o decorrer do passeio, aconteceu o que já esperava, ou seja, quase não tive oportunidades para tirar fotos, porque o ritmo do mesmo quase não permitia. Não é que estívessemos andar à “kamikaze”, o ritmo é que quase não deixava espaço para pausas para tal.
Mas ainda assim, consegui algumas fotos.
Em termos de percurso, este passeio tomou um dos rumos que já esperava, ou seja, partida em direcção à costa norte e subida para as Sete Cidades. Simples e recheado de trilhos fabulosos!
A aparente subida abaixo enganou os mais confiantes.
O Alexandre foi um dos que foi apanhado de surpresa, quando se preparava para levantar voo:
Agora venham lá vocês!
Numa das subidas para as Sete Cidades, fomos presenteados com um cenário magnífico e que bem merece uma pausa para contemplação:
Seguiram-se algumas “auto estradas” por montanhas e pastagens, cujo piso era o típico de pastagem, ou seja, escorregadio, e escondia muitos buracos e valas.
No trilho abaixo alguns foram apanhados de surpresa por buracos e valas muito bem escondidos pela vegetação. Para minha sorte estava em último, por isso foi mais fácil escapar às armadilhas.
O trilho que descemos parece ser muito interessante para ser feito em sentido contrário:
Uma pausa para “kit kat”:
A dada altura, começamos a apanhar cada vez mais lama nos trilhos, o que até é normal nesta altura do ano.
Mas nem todos estavam deslumbrados com a lama:
Mais uma subida escorregadia, que se não for feita à 1ª…, é voltar para trás e tentar novamente.
Ricardo a dar-lhe forte:
O Filipe parou e, consequentemente, lixou-se...
Ou voltava para trás ou tentava à mão.
Siga em frente!
E uma pausa para os fumadores…
Uma pausa com uma belíssima vista de um lado:
E outra do outro lado, vista das Cumeeiras:
Com o fôlego já em ordem, o grupo continuou pelas Sete Cidades e com direito a banho de lama:
Ops, não vi que estavas atrás de mim Filipe:
O Ricardo fez uma tentativa de “backflip” e acabou sem o guarda-lamas traseiro…
Na sua mota é bem vísivel a quantidade de lama que apanhamos:
Mais um daqueles trilhos que nunca sabemos o que esperar no meio da vegetação. O caminho está lá, mas o que mais lá está é que não sabemos.
Dava jeito uma katana:
Outro mato, mas que não deteve esta malta:
Por esta altura já era quase hora de regressar, pelo que começamos a realizar uma deslocação por trilhos neste sentido.
Todavia, ainda houve tempo para um saudável convívio, na companhia de algumas loiras:
E pronto, regressamos a casa por mais alguns trilhos e demos por terminado o passeio.
Resumindo e concluindo, foi um excelente passeio de regresso ao Enduro!
O trejecto escolhido foi do melhor, com as dificuldades inerentes a este tipo de passeio, mas que para minha surpresa foram ultrapassadas com algum à vontade e rapidez. Talvez fosse a minha adrenalina a fazer-me não pensar muito e apenas a enrolar o acelerador.
O grupo foi do melhor, com muita camaradagem e muita boa disposição. Aliás, onde está o Paulo Machado, garantidamente que a boa disposição está lá.
Agora é só dar continuidade, porque bem que estou a precisar destes passeios.
Boas Curvas!