No passado Domingo realizou-se mais um agradável passeio com as “grandes”.
O passeio estava combinado para ser de carácter touring e privilegiando o asfalto, além de que também serviria como uma espécie de treino para um futuro projecto que este grupo tem em mente.
O destino era as Furnas, mas fugindo às aborrecidas vias rápidas e tomando as sempre interessantes estradas de montanha e, quem sabe, algum percurso alternativo por fora de estrada.
Iniciamos o passeio no asfalto, com o grupo a fluir naturalmente, mas não tardou nada até o bichinho da aventura falar mais alto, e começamos a tomar alguns percursos fora de estrada alternativas, sentido Lombadas.
Algumas travessias de água para refrescar os ânimos:
Seguiu-se uma escapadinha ao Monte Escuro, visto que por lá existem alguns trilhos que, de momento, estão em bom estado e acessíveis a todos. Mas como pudemos verificar, em breve estarão interditos à circulação de veículos motorizados.
O Monte Escuro oferece uma paisagem fantástica:
Esta zona possui alguns trilhos que, até à bem pouco tempoi atrás, apenas eram acessíveis a motas de Enduro, visto que estavam em mau estado. Todavia, estes trilhos foram alvo de alguma requalificação com vista ao SATA Rallye, que deixou os mesmos em boas condições para a circulação destas motas.
Claro que havia um ou outra parte que pedia mais atenção, principalmente pela existência de muito cascalho, com algum dele a estar solto, mas nada de preocupante, para já.
Mais um belíssimo dia para andar de mota:
No entanto, as coisas complicaram-se, mais do que planeado, ou seja, a dada altura o trilho apresentou-se praticamente destruído, com várias valas e muita pedra de cascalho solta. Estava uma espécie de trialeira:
Para uma mota de Enduro esta situação não seria preocupante, pelo contrário, mas para motas com este porte, significava cuidados e atenção acrescida.
Não voltamos para trás e lá iniciamos a nossa descida, com as devidas cautelas:
Mas este trilho não era nada amigável para este tipo de motas, a muita pedra solta aliada às irregularidades do piso dificultava a nossa progressão, provocando escorregadelas constantes da roda dianteira e traseira. Por vezes era difícil manter o equilíbrio…
Por falar em equilíbrio, quase no fim perdi o equilíbrio e lá fui ao tapete:
Sem consequências físicas a registar, apenas mais algumas marcas de guerra na LC8 ;-)
O Miranda danificou o sensor do descanso lateral numa pedra, e foi preciso realizar uma pequena operação de ligação directa, para que fosse possível voltar a ligar a mota. Como habitualmente, o Francisco foi o mecânico de serviço:
Perante as dificuldades, houve malta que optou por não arriscar e tomaram um atalho pela pastagem:
Mas o piso da pastagem também não era o melhor, visto que a erva escondia algumas irregularidades, além de estar escorregadia. Mas apesar disto, era mais simples de atravessar.
Depois fui convidado pelo amigo Francisco a realizar a travessia pela pastagem com a sua mota, visto que a sua confiança naquele momento não era a melhor. Os amigos são para as ocasiões.
Sempre com a sua supervisão:
E com mensagens encorajadoras:
A pressão era tanta que fiquei laranja:
Bem, lá nos safamos todos da parte mais complicado do trilho e continuamos pelo fora de estrada, até atingirmos o asfalto, neste caso estrada regional sentido Vila Franca - Furnas. Na prática, fomos de norte para sul por fora de estrada.
Tal como referi no início, o objectivo era irmos até às Furnas, mas, após chegados a esta localidade, alteramos os planos e continuamos em frente, desta vez com o objectivo de chegar até ao Nordeste.
Uma vez mais, a ideia era seguir pelo asfalto, mas o espírito inquieto da aventura voltou a manifestar-se, e lá seguimos novamente por fora de estarda, desde a Povoação até ao Nordeste.
Claro que não podíamos falhar a travessia da Tronqueira que, diga-se de passagem, estava um pouco mal tratada, devido à recente passagem dos carros do SATA Rallye. Além disso, o piso estava algo escorregadio, com especial incidência na roda dianteira.
Já quase a chegar ao Nordeste e com o piso a ficar muito menos escorregadio:
Com a Tronqueira feita, fizemos uma pequena pausa para café no Nordeste, onde eram vísiveis os resultados destas travessias fora de estrada. A Ténéré do Vítor era claramente a mais afectada:
Depois seguimos para casa, mas já a ritmo despachado e pela via mais rápida, visto que já estava na nossa hora.
Em jeito de conclusão, foi um excelente passeio e cujas constantes alterações no percurso inicialmente planeado, originaram um passeio interessante e aventureiro. É mais um daqueles a repetir, talvez com mais alguns kms de distância, de forma a intensificar o treino.
A dinâmica deste grupo é um espectáculo
Boas Curvas!