Alguns dias atrás e por ocasião de uma folga, realizei uma voltinha de mota muito agradável.
E agradável porque a mesma foi realizada aos comandos de uma mota que não a minha, ou seja, aos comandos da mais recente aquisição do amigo Miranda, uma Suzuki DR 650 SE.
Esta seria uma voltinha em jeito de test ride, além de também servir para descontrair um pouco. Não é que já não tivesse testado um exemplar deste modelo, já que esta é a 2ª DR 650 que o Miranda adquire, mas esta era diferente, especialmente por se encontrar em excelente estado de conservação.
Para esta voltinha elegi um percurso simples, e em favor das estradas e caminhos secundários, de forma a divertir-me ao máximo com esta mota.
A costa norte, nomeadamente a zona das Capelas, foi a zona eleita, com as estradas e locais visitados a revelarem-se perfeitos para conhecer e curtir a DR.
Sem precisar de acumular muitos kms, percebe-se de imediato que esta é uma mota muito agradável, ou seja, percebe-se que é pau para toda a obra, com motor e ciclística a responderem de forma muito agradável e positiva a todas as situações, sem no entanto serem extraordinários. Atenção, sem serem extraordinários porque tudo acontece de forma previsível, controlável e suave, o que é bom, porque aproveita-se tudo ao máximo e sem que a mota ofereça mais do que aquilo que conseguimos lidar.
Paragem no porto de pesca das Capelas, muito agradável.
Bem, por aqui de certeza que não vou continuar.
Estas zonas junto ao mar são sempre uma maravilha, porque a serenidade que transmitem são sempre remédio santo para relaxar qualquer um.
Este porto de pescas encontra-se numa zona rochosa muito bonita e cuja descida é muito interessante em termos de paisagem.
Mesmo por cima do porto der pescas, uma espécie de miradouro com uma belíssima vista:
Saindo do porto, aquele que foi em tempos um bar muito original e bem de acordo com a zona.
Continuei o passei um pouco mais pela costa norte, mas desta vez em direcção à zona das Sete Cidades, porque ainda pretendia realizar alguns percursos fora de estrada, mas soft, nada de agressivo.
Passagem pelo miradouro das Cumeeiras, com a vista a ser a habitual, ou seja, linda:
Outra freguesia imperdível é os Mosteiros:
Aqui também é possível relaxar muito, especialmente pela altura do Verão, nas poças de água do mar:
Já que pretendia passar pelas Sete Cidades, aproveitei um acesso por fora de estrada que liga estas 2 freguesias, e assim testei um pouco o desempenho da DR.
Resumidamente, a DR personifica o verdadeiro espírito “dual sport”, ou seja, uma mota feita a pensar numa utilização global e com um desempenho muito satisfatório em qualquer cenário. Visto que a DR tem um motor com uma entrega de potência suave, é muito fácil dosear o motor no fora de estrada. Além disso, contamos sempre com uma resposta previsível e nunca a pensar numa utilização endurista.
A ciclística comporta-se igualmente de forma esperada, com as suspensões macias a digerirem bem as irregularidades. Claro que sentimos que toda a ciclística foi pensada para um fora de estrada calmo, sem trialeiras e coisas do género, mas com estes propósitos em mente, é uma mota que cumpre e não nos deixa mal.
Com pequenas alterações, é possível tornar esta DR ainda mais aventureira.
Em suma, diverti-me bastante e a um ritmo mais do que suficiente para as encomendas.
Descendo para as Sete Cidades:
Passagem por uma das lagoas, onde descobri um spot interessante para fotografias:
Gosto particularmente desta foto:
Antes de sair das Sete Cidades, passagem por mais alguns locais característicos da freguesia:
Um dia calmo e sereno, como se quer nestas voltinhas:
E ao sair das Sete Cidades regressei a casa, a um ritmo animado e perfeito para testar a DR neste cenário. E, uma vez mais, uma surpresa agradável, ou seja, a DR cumpre, entregando a tal resposta plena de suavidade e suficiente para nos levar rapidinho. Apenas nos damos conta que vamos a um ritmo rápido quando chega a hora de travar, onde a travagem revela-se, na minha opinião, um pouco esponjosa. É suficiente para uma utilização global, mas em travagens mais em cima da curva e a alta velocidade, exige mais empenho na manete e pedal de travão.
Resumindo e concluindo, foi um belíssimo passeio, diria mesmo dos que mais gostei nos últimos tempos, muito por culpa do factor novidade chamado DR 650.
Agradou-me imenso realizar este passeio aos comandos desta mota, porque porque faz tudo o que se pede e de forma tão suave e previsível, que se torna um gozo explorar os seus limites. Pode parecer pouco interessante e limitado, mas na realidade, o conceito “dual sport”, ou “dual purpose”, é isso mesmo, ou seja, pau para toda a obra e sem extremos.
Esta é uma mota que vale a pena e o seu conceito faz muito sentido. Uma aposta segura!
Obrigado Miranda pela oportunidade de passar um dia bem agradável com a tua mota.
Boas Curvas!
