No passado Domingo realizou-se mais um excelente passeio por terras micaelenses.
Foi mais um daqueles passeios touring, mas recorrendo a motas de Enduro, Trail e Maxi-Trail, ou seja, uma DRZ 400, uma DR 650 e uma LC8. Na prática, mais um passeio estilo “Enduro Touring”.
Uma vez mais, o objectivo era misturar o asfalto com o fora de estrada, mas com maior predominância do fora de estrada, naturalmente. Também tínhamos em mente realizar alguns percursos já algum tempo esquecidos, e que em passeios passados foram muito usados.
Por conseguinte, a ideia era realizar ligar a Ponta Delgada ao Nordeste, atravessando pelo meio Lagoa, Água de Pau, Água d’Alto, Vila Franca do Campo, Furnas, Salto do Cavalo e Graminhais.
Lá partimos, a um ritmo calmo, de forma a ir aquecendo aos poucos.
Desde muito cedo que os trilhos revelaram-se muito secos e poeirentos, fruto dos dias de Verão que se têm feito sentir. Se por um lado o bom tempo é agradável e bem vindo, por outro lado tem estes inconvenientes de levantar pó.
Os trilhos escolhidos mostraram-se rolantes de início, para depois apresentarem mais algumas dificuldades, devido a mais alguma terra e pedra solta, mas nada em exagero. Todavia, estavam a causar algumas dificuldades de tracção à LC8 do Francisco e aos seus pneus mistos. Os Heidenau não estavam a ser os melhores aliados neste piso seco e solto.
Na zona de Água d’Alto andamos um pouco às voltas, sempre em busca de novos trilhos, assim como os mais adequados ao nível de todos e sempre respeitando os objectivos. Claro que nem sempre foi possível seguir em frente, e tivemos que voltar para trás.
Agora que tem uns elevadores e guiador fat bar elevado, o Miranda já se sente bem melhor a conduzir de pé na DR.
O Francisco eesteve em grande neste passeio, fez tudo com a LC8:
Em Água de Pau, pequena paragem junto à Ermida Monte Santo:
É a tal Ermida que se encontra no topo de uma pequena montanha, e cujo o acesso apenas é possível a pé ou de mota.
Oferece uma excelente vista sob a freguesia de Água de Pau e Caloura:
Continuando o passeio, realizamos mais algumas incursões por alguns trilhos entre nos arredores de Vila Franca do Campo.
Mais uma casa perdida no tempo e quase engolida pela vegetação. Um local bem estranho e de difícil acesso para construir uma casa. Será que em tempos o acesso era mais simples?
À saída de Vila Franca do Campo, apanhamos a ligação dos trilhos da zona da Lagoa do Congro, com o objectivo de apanhar outro percurso que nos levaria até às Furnas, zona norte. Em suma, atravessamos a ilha do sul para norte.
Tal como planeado, tomamos a estrada do Salto do Cavalo e rumamos no sentido dos Graminhais. Mas, sem que nada fizesse prever, as condições meteorológicas pioraram na zona dos Graminhais, com o nevoeiro a surgir e alguma ameaça de chuva, que, felizmente, não chegou a concretizar-se.
Lá vem o homem da mota amarela:
As famosas antenas eólicas dos Graminhais, a destoar no cenário magnífico desta zona:
A dada altura ficou tanto nevoeiro, que nem nos demos ao trabalho de parar para mais fotos. Foi seguir em frente e iniciar a descida para o Nordeste, de forma a fugir ao nevoeiro intenso. Nem parecia Verão…
Todavia, a descida ao Nordeste e aos vários percursos que tomamos, revelou condições meteorológicas bem melhores. Aos poucos o sol voltou a aparecer.
Em Nordeste, e não só, os verdes da paisagem são muitos e intensos. Nesta altura do ano é um espetáculo atravessar estes percursos, são mesmo convidativos. Além disso, o piso encontra-se em excelentes condições, onde o único limite é mesmo a nossa preocupação por uma condução segura e sempre a contar com outros, ou seja, turistas, que são muitos nesta altura, e proprietários de pastagens, que são muitas.
Encadeamento de curvas delicioso e a convidar a algumas escorregadelas.
Mas tudo o que é bom acaba rápido…, estava na nossa hora de regressar a casa.
O regresso foi feito por asfalto e pela estrada regional, de forma a poupar tempo, mas sem perder um pouco de gozo no asfalto, com o traçado sinuoso desta estrada. Claro que os pneus cardados limitam o desempenho, mas ainda assim deu para gozar um pouco ;-)
Pelo caminho, uma breve passagem pelo Parque Natural Ribeira dos Caldeirões:
É, simplesmente, um daqueles locais imperdíveis.
Quando já estávamos perto de Ponta Delgada, ainda tivemos tempo para uma pequena incursão pela “selva”:
E com direito a ir apanhar morangos:
Já na zona do Livramento e pela altura da separação e despedida do grupo, a minha DR entra na reserva, uma autentica surpresa. E surpresa porquê? Simples, neste passeio fez cerca de 140 kms com um depósito de apenas 10 litros e sempre com um andamento sem pensar em poupança de gasolina. Não podia estar mais satisfeito, a DR é uma caixinha de surpresas agradáveis :-)
Abaixo, o tajecto passeio realizado:
Resumindo e concluindo, pode parecer descabido, mas o conceito touring aos comandos de uma enduro/TT, como a minha DR, funciona, é divertido e permite mais alguma aventura, de forma mais simples e descomprometida.
Claro que de LC8 o gozo é de outro nível e diferente, por vezes diabólico e irracional, mas com a DR existe possibilidade explorar alguns locais mais complicados. Cada macaco no seu galho, uma não substitui a outra.
Nada como ter a ferramenta certa para cada ocasião
Boas Curvas!