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 3 Dias numa Big Trail 
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Aventureiro
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Mensagem 3 Dias numa Big Trail
Antes da partida

Adquiri recentemente uma KTM 950 Adventure usada (55000 km), mota de 2005, ainda de carburadores, mas com potencia quanto baste para quem a consiga utilizar. ;-)
Pelo que me referiu o anterior dono, a mota só terá sido utilizada em estrada e nunca teria “provado” o pó. Eu compreendendo os comentários normais feitos no momento da venda, mas custa-me um pouco a crer que quem tenha uma mota destas, nunca a tenha metido na terra. No entanto, mesmo que a mota tenha andado fora de estrada, nota-se que foi muito bem estimada.

Esta mota foi pensada para uma utilização mista de estrada e fora de estrada e como penso que todas as motas são para se utilizarem na sua plenitude, resolvi-me a fazer algumas alterações para a tornar ainda mais apta para todo-o-terreno, alterações essas que visaram os seguintes componentes:
- alterei os escapes de origem, porque para além de pesarem bastante, aquecem muitíssimo, tornando a sua utilização algo incómoda e muito perigosa;
- alterei também o volante por um com mais 1,5cm para cada lado e algo mais alto que o de origem, o que parecendo pouco, nota-se bastante na sensação de firmeza e na facilidade de condução que se ganha;
- alterei os espelhos de origem por uns rebatíveis que funcionam melhor em todo-o-terreno, para além de serem bem mais baratos que os de origem no caso de se partirem numa queda;
- substituí a proteção original do radiador, em plástico com alhetas, por uma em alumínio que permite um maior arrefecimento;
- encomendei também umas barras de proteção lateral que apesar de me terem chegado na 1ª semana de Junho, não as cheguei a montar por falta de tempo;
- alterei as suspensões de origem, dotando-as de maior curso (equivalente ao da Adventure S) e substituí as molas da forqueta, por umas da 950 Super-Enduro, já que as de origem da versão normal e da S são excessivamente macias, sendo aptas para uma 450, mas não para uma mota com o peso da 950;
- tentei substituir a proteção de carter por uma da Touratech, mas a mesma ainda não me chegou. Hoje em dia a gestão de stocks levada ao extremo, vai acabar com muitos negócios. Faz mais de 3 semanas que fiz a encomenda!!;
- substituí a cremalheira de 42 dentes por uma de 45, de forma a facilitar a condução em baixas, em situações de menor tração;
- por último, alterei os pneus por uns de tacos que permitissem fazer trilhos, não só de terra, mas também com pedra solta. Para a escolha dos pneus li alguns fóruns e pedi a opinião ao Paulo Lança, tendo a opção recaído sobre uns Mitas EF-06 à frente e EF-09 Dakar atrás, aos quais também me referirei no final sobre a minha opinião do seu desempenho.

A generalidade das peças chegaram-me na primeira semana de Junho. Decidi-me então a tirar 3 dias de férias na semana de 10 a 14 junho, para poder montar o que conseguisse, para me deslocar às oficinas para os trabalhos que requeressem maior especialização técnica ou meios de que não disponho e o tempo que sobrasse para ir então fazer uns dias de mota no monte, a testar as suas aptidões fora de estrada.

Como dia 10 era feriado, tinha agendado a preparação das suspensões para o dia 11, mas um imprevisto de última hora na caixa de velocidades da minha Traffic onde tinha deixado a mota já carregada do dia anterior, obrigou-me a passar todo o dia de volta da mesma e não pude fazer nada na mota. Conselho, nunca comprem uma carrinha Renault com caixa “semi-automática” (quick-shift). Não há nada como as manuais.

No dia 12 decidi-me a não ficar pendurado outra vez, de modo que fui mesmo de mota para tratar das suspensões. Por volta das 09:00 lá estava eu às portas da LCmotos. ☺ Desde já, o meu agradecimento à LCmotos (ao Luís Correia e ao Miguel) que me aturaram quase todo o dia 12 para tratar da preparação da suspensão e amortecedor. Tendo já regressado um pouco tarde da LCmotos, não consegui chegar a Vila Real a tempo de me trocarem os pneus e como no dia 13 também era feriado aqui onde resido, aproveitei o mesmo para tratar da troca do volante e dos espelhos.

Nunca fui de planear e programar muito estas minhas “aventuras”, principalmente porque não gosto de me chatear ou desiludir quando as coisas não correm como o programado. Sempre preferi decidir e arrancar e ir gerindo cada dia, cada situação e cada estadia na altura. Desta vez veio-se a provar o quanto me poderiam ter saído os planos furados se tivesse já tudo programado e agendado. Só no dia anterior à partida é que me decidi a meter uns percursos nos GPS (MAP62S e Zumo550) e a preparar 1 saco com a minha tenda de viagens, 1 saco cama, 1 colchão auto-insuflável, 3 t-shirts, 1 sweatshirt, 3 pares de meias, 3 boxers, 1 fato de banho, o saquinho dos cosméticos + anti-estamínicos e 1 lanterna de cabeça que me ofereceu o meu amigo Morgado.

O tempo nesta primavera tem andado bastante incerto, pelo que fiquei em dúvida sobre que equipamento levar. Decidi-me pelo equipamento que uso habitualmente nas minhas viagens, mais apropriado para estrada, opção que se baseou por um lado na instabilidade do tempo do último mês e por outro lado queria poupar a pintura da “menina”. ☺ Fora de estrada conduzo fundamentalmente de pé e o equipamento de enduro iria ser bastante mais agressivo com a pintura. Esta opção veio a revelar-se acertada no que há pintura diz respeito, mas suei as estopinhas, pois apanhei muitas zonas e algumas horas, para cima dos 30ºC.

Quanto ao trajeto a ideia base era seguir por terra até Vimioso, onde iria apanhar o percurso também em terra do Transportugal de 2011, tentando ir o mais longe possível no resto do dia 14 e no dia 15, pois no dia 16 o trajeto seria o regresso de onde estivesse para casa, já que na 2ª feira às 09:00h tinha que voltar ao trabalhinho. ☹ Aproveitaria parte dos percursos que já tinha feito com os meus companheiros destas andanças no Orlongo 2011, para ir na direção de Vimioso e depois seguiria o percurso do Transportugal. Desta vez iria sozinho, pois os meus companheiros encontravam-se a fazer caminhadas lá para os Picos da Europa.

Na manhã de dia 14, fui à Ciclomotores Campeã onde o meu amigo Nando Nunes, lá me trocou os pneus e a cremalheira. Obrigado Nando, como sempre você é 5*. Quando saí da oficina, tive a mesma sensação que devem ter as senhoras quando andam de saltos altos. ;-) Qualquer pequena inclinação que desse à moto, parecia que ela queria logo inclinar-se mais.

Depois de atestar o “bicho” e de baixar um pouco a pressão dos pneus para 1.8 (frente) e 2.2 (atrás), já eram 12:02h quando finalmente me consegui pôr ao caminho. Como tinha combinado um almoço em Mirandela e já ficava algo arriscado para chegar a horas, decidi-me a ir por estrada até lá e só depois de almoço, seguiria por terra. Face à hora da partida, pensei que se conseguisse chegar a Freixo de Espada à Cinta e acampar junto ao Rio Douro, seria ótimo.
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1º Dia de viagem.

Depois de um almoço em muito boa companhia e num local muito agradável em Mirandela, lá me preparei para me meter ao caminho pois já eram 14:10h. O carro da minha companhia de almoço marcava 40ºC, e eu todo de preto, montado num “Bisonte Negro” (ufffffffff).
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Quando entrei na terra senti logo ao chegar às primeiras curvas, a atenção redrobada que teria de manter face ao “Bicho” que levava. De facto é abismal a diferença de se levar uma moto de enduro ou uma Big Trail em todo-o-terreno. Eu habituado à “missa” de quase todas as manhãs de domingos, à condução de Gas-Gas EC300 a 2 tempos, conduzir uma moto que pesa sensivelmente o dobro é uma diferença abismal. Desde logo notei o peso que levava na frente da moto, quer nas chegadas às curvas, quer na passagem de lombas, ressaltos e pedras.

Numa “Big Trail”, não são permitidos os erros possíveis numa moto de enduro. Quando precisamos de travar mais forte, as distâncias encurtam-se significativamente e quando precisamos de levantar a frente para evitar algum obstáculo, ou temos a traseira bem direcionada para não escorregar e sensibilidade no punho, ou sujeitamo-nos a ficar virados ao contrário. A atenção e a antecipação das situações tem de ser constante, o que também leva a que seja algo mais cansativa a sua condução. Numa moto destas, não há hipótese de se relaxar, há que ir sempre concentrado.

Com a passagem dos kms já dava para me sentir algo mais à vontade, começando a atravessar a traseira com a aceleração, a conduzir com o punho, enfim a curtir, mas sempre atento pois a qualquer momento, o “Bicho” encarrega-se de me lembrar que é grande e potente.

Na passagem por Macedo de Cavaleiros surgiu-me a primeira dificuldade. Por volta do km 90+400, depois de fazer um caminho bastante estreito entre muros, muito pedregoso e cheio de erva, já próximo do seu final, eis que me surge um burro preso a uma corda a pastar no caminho!! O caminho era demasiado estreito, a moto muito grande para conseguir dar a volta, só havia uma solução, seguir em frente. Tentando não assustar o animal, o que desde logo era complicado com o tamanho da moto e com o barulho da mesma, lá segui muito devagarinho o mais encostado ao lado oposto a ver se ele não entrava em stress e se não dava nenhum coice ☺ Quando estava a passar por ele, senti algo a prender e a partir na lateral da moto no lado oposto ao do burro. Já depois de ter passado o bicho que até se portou bem, não me mordeu nem escoiceou, parei e vi o que tinha sido. A corda que prendia o burro estava presa a um troço de arame que ao esticar raspou na parte inferior do depósito esquerdo e lá fez uns riscos ☹ Estava tão bonita antes da saída. Pensei, BURRO, se tivesses montado as barras de proteção lateral, talvez não tivesses agora a pintura riscada. Enfim, ossos do ofício, segui e pensei que se chegar ao fim e só tiver sido isto, menos mal.
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A seguir a Macedo de Cavaleiros cheguei à Barragem do Azibo. É sempre uma sensação espetacular, chegar-se junto a uma área de água enorme depois de se atravessar tanto terreno seco, principalmente num dia quente como o que estava a apanhar. Segui ao longo da barragem durante alguns quilómetros, aproveitando a frescura que vinha da mesma, atravessei o seu paredão e ao afastar-me comecei as primeiras subidas mais técnicas e reviradas, mas ainda nada de especial.
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Passo por algumas aldeias pitorescas como Macedo do Mato e Frieira onde encontro a primeira ponte romana do percurso, obra muito bonita que é bem representativa de que os “Intigos” sabiam fazer as coisas para durarem. Ao chegar a Izeda até me “assustei” quando me deparei com uns Bichos Pretos Enormes e pensei cá para comigo Eehhhh Bicho Preto, é um monumento alusivo a uma “Chega de Touros” que é bem representativo da dimensão e força das “Bestas”. Como seguia montado numa, resolvi meter tudo ao barulho, aproveitei e fiz umas fotos. ☺
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Depois de passar Izeda, cheguei à N317 e segundo o GPS topográfico teria que atravessar a estrada e entrar na terra novamente, só que eu lembrei-me que havia na parte final desse caminho uma descida muito acentuada e revirada que seria muito complicada para uma moto destas, ainda para mais a solo. Tomei a opção de seguir pela estrada, fazendo cerca de 8 km por asfalto até Santulhão. Vim agora a perceber depois de ver os “tracks” no Google Earth que poderia ter evitado a maioria do asfalto se tivesse junto à ponte nova, descido à ponte romana sobre o Rio Sabor. À saída de Santulhão, voltei ao “pó” e às “pedras” e surgiu-me a primeira situação em que desejamos não estar sozinhos. Ía eu a seguir o track que havia feito com os meus companheiros em 2011, em motos de enduro, quando por volta do km 137+500, dei por mim a descer um curto corta fogo de terra e pedra de xisto, no sentido perpendicular às curvas de nível. Essa descida começou a ficar cada vez mais íngreme e de repente virou quase 90º continuando a descer mais suavemente mas onde o trilho apresentava pendente transversal no sentido da encosta. Quando vi a inclinação da descida e como tinha que virar a meia encosta, pensei para comigo “já foste”. Mas correu bem, a “menina” escorregou, escorregou, atravessou-se mas não caíu e só parou no fundo. Quando consegui parar, percebi que não tinha saída, pois o trilho terminava numa linha de água cavada com 1,5m de profundidade que se encontrava totalmente coberta de mato. Só o dar a volta à moto já era algo complicado, porque o terreno era todo inclinado para a linha de água, o calor também era mais do que muito e só pensei, sozinho aqui, a uns 6 ou 7 kms da aldeia para ires arranjar um tractor para te tirar daqui, estás bem “cozido”. Decidi-me a não deixar de tentar ainda que o risco de malhar na encosta com o “bisonte” fosse elevado. Sabia que a zona mais complicada seria um pequeno troço de 20 – 30 metros depois da curva onde teria que subir perpendicular às curvas de nível, mas acreditava que se chegasse lá com a velocidade certa, poderia dar uma gasada logo que fizesse a curva e teria hipóteses de conseguir subir. Se bem pensei, melhor o fiz e valeu-me o muito treino das manhãs dos domingos, em trialeiras complicadas. A “menina” ripostou imenso, sempre a atirar pedra para todo o lado, mas subiu. Que alívio quando passei a zona mais inclinada, senti-me como se me tivessem tirado de cima, 200 kgs. Serviu-me esta situação para não me esquecer que ía sozinho e que teria que tomar bastante cuidado com situações em que o facto de se poder ter ajuda, faz toda a diferença.
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A seguir passei a aldeia de Carção e depois de mais uns kms, cheguei a outra ponte romana inserida numa paisagem muito bonita, a ponte sobre o Rio Maçãs. O trilho segue durante algum tempo ao longo do rio e depois sobe em direção a Vimioso. Antes de chegar a Vimioso, com o entusiasmo da condução ainda me enganei mais uma ou duas vezes, mas nada que não fosse prontamente reparado. Chegado a Vimioso, aproveitei para beber uma água e para “dar de beber ao gado”, vulgo abastecer.
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Depois de Vimioso desce-se a outro vale muito agradável, ao longo do Rio Angueira. Após passar-se este rio, sobe-se a um planalto, entrando-se numa zona muito rolante que atravessa as aldeias de Caçarelhos, Vilar Seco até à Vila de Sendim (recomenda-se uma posta deliciosa no Restaurante Gabriela). Como não eram horas de almoço nem de jantar, segui porque se fazia tarde para a chegada ao meu destino. Segui pelo planalto em direção a Poente, atravessando as aldeias de Urros e Bemposta. Logo a seguir a Bemposta inicia-se uma descida com bastante pedra e calçada romana, encontram-se as encruzilhadas “Vá de Retro” e da “Bemposta” e chega-se à ponte romana sobre a ribeira da Bemposta. Desta ponte inicia-se a calçada romana que nos leva a Lamoso e onde temos de recorrer à técnica mais trialeira para conseguir ultrapassar as inúmeras pedras e degraus que surgem. Já quase no topo desta calçada surgiu-me uma bifurcação e com o embalo que trazia, tomei a opção errada e segui para a direita, tendo de imediato olhado para o GPS e apercebi-me que estava a sair fora do trilho. Quando parei, face à irregularidade das pedras, faltou-me o pé de apoio e lá tive que pousar lateralmente a “menina” o mais suave que consegui. Só faltou mesmo atirar-me para debaixo dela para não se riscar. Depois de resmungar um bocado comigo mesmo, lá a levantei e deu para ver que tinha valido a pena o esforço e não haviam mazelas.

Cheguei a Lamoso eram já 20:15, levava 208km feitos, e como pretendia acampar junto ao rio Douro na Congida, decidi-me fazer o resto desse percurso por estrada. Finalmente cheguei a Freixo E. Cinta faltavam 10 minutos para as 21:00h, pelo que optei por jantar e só depois fazer os 4km finais de descida à Congida, onde pretendia pernoitar. Enquanto jantava, fui tirando informações sobre se poderiam existir problemas em fazer campismo selvagem no local desejado. Informaram-me que toda aquela área teria sofrido uma reabilitação recente e que antigamente era permitido lá acampar, mas agora acabaram com isso (os custos de adesão à CEE, qualquer dia é tudo proibido), mas que uma vez que era só uma tenda e só seria por uma noite, desde que não acampasse em cima da relva, em princípio ninguém me chatearia.

No final de jantar, rumei à Congida para tentar descansar que já bem precisava e foi uma agradável surpresa o espaço encontrado. Chegado ao local, descobri uma zona de parqueamento no final da área tratada, logo a seguir ao cais de embarque para os passeios no rio, onde existia um Chorão que me proporcionaria sombra ao amanhecer, debaixo do qual havia uma mesa de madeira para piqueniques, que me poderia servir para pousar as coisas. Ao parar a mota reparei que estava um homem a tratar da rega da relva. Aproveitei e dirigi-me a ele para questionar se haveria algum problema de acampar ali ao que ele me respondeu que se quisesse até podia acampar na relva, mas sujeitava-me era a acordar durante a noite com a rega em cima. ☺ Também me informou que na parte traseira do edifício do bar, existiam uns sanitários que estavam sempre abertos, o que é sempre um bom apoio.

Bom, lá me entretive a montar a tenda e a preparar-me para descansar que bem precisado estava. Depois de me deitar é que percebi a dificuldade que iria ter para adormecer. De início era o barulho constante de peixes a saltarem no rio, mas estamos a falar de peixe grande, pois faziam bastante estardalhaço e depois começaram a chegar alguns automobilistas que chegavam à zona de parqueamento em terra e resolviam fazer umas pionassas. Ao fim de 1 hora, lá consegui adormecer, embalado pelos cânticos dos rouxinóis e só voltei a acordar de manhã. Depois de uma passeata para apreciar melhor o novo parque da Congida, passei à fase de desmontar a tenda e arrumar tudo na mota para poder arrancar para o 2º dia de trajeto.
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2º Dia de viagem.

Tomado o pequeno almoço e atestada a mota, arranquei novamente para mais um longo dia de todo-o-terreno. Logo à saída do centro de Freixo E. Cinta junto à zona do Novo Auditório, entra-se de novo na terra. Passados uns kms de trilhos agradáveis cheguei ao Penedo Durão, um dos poucos locais de Portugal onde se pode habitualmente avistar, grifos e abutres e desta vez não foi exceção, pois ainda estava a parar a moto e logo fui recebido por um grifo a planar bem próximo de mim, pena foi nem ter tido tempo para desligar a moto e tirar o telefone para o fotografar. Passados poucos minutos já andavam a pairar 2 exemplares.
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A paisagem que se pode avistar é magnífica, mas não tinha tempo para ficar ali a usufruir, pois ainda estava no início do dia e tinha pensado em tentar chegar à barragem de Idanha-a-Nova. Assim passados uns 5 minutos já estava outra vez em cima do “bicho” a rolar. Depois de fazer mais alguns quilómetros sobre uma linha de cumeeira onde vamos constantemente a apreciar o vale espetacular formado pelo rio Douro, cheguei à Calçada de Alpajares, trajeto pedonal que desce imensos metros em calçada romana de sucessivas curvas quase a 180º. Quando cheguei ao cimo da Calçada, encontrei o Dr. Antero, ortopedista do hospital de Vila Real que já em tempos me "assistiu" quando estava a fazer urgências ;-) e que estava ali a prestar apoio a um grupo de caminheiros.
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Continuei pelo percurso num trilho de terra que vai dar uma volta consideravelmente mais longa e que encontra mais à frente a Calçada de S.ta Ana, igualmente em calçada romana e para onde me mandava o percurso, mas entendi não ser prudente meter-me a fazê-la numa moto destas, sozinho. Continuei pelo trilho de terra, atravessei a Ribeira do Mosteiro e fui apanhar novamente o percurso mais adiante no final da calçada de S.ta Ana, fazendo o trilho que se observa nas fotos anteriores. A seguir cheguei a Barca D’Alva, onde se encontrava estacionado um Cruzeiro dos que costumam subir o rio carregado de turistas. Este dia não era exceção.

Depois de Barca D’Alva sobe-se por um trilho que parece pertencer a uma propriedade privada, trilho este bastante revirado que ganha bastante cota numa distancia curta. Poucos quilómetros mais adiante encontrei o 1º portão fechado, mas que não tinha cadeado dando a entender que se pode abrir, passar e voltar a fechar. Segui, vi mais algumas cancelas que já se encontravam abertas e não encontrei ninguém, nem habitações. Toda esta zona foi feita em trilhos estreitos, muito revirados e a exigirem alguma condução. Atravessa-se a Ribeira de Aguilar, numa zona onde a mesma ainda não leva muita água e pouco depois chega-se a Figueira de Castelo Rodrigo.
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A ida ao castelo é obrigatória, pois a vila medieval muito bem conservada e recuperada e a paisagem que a rodeia, valem bem a pena a deslocação. Como por ali se diz, está-se entre o céu e a terra.

Depois de Figueira de Castelo Rodrigo, entra-se numa zona de planalto que se estende sensivelmente do km 60 ao km 120, onde os trilhos aumentam de largura e somos convidados a aumentar a velocidade. São fantásticas as sensações de rolar nesta zona.

Por volta do km 80 cheguei a Almeida, mais uma vila medieval muito bem conservada. Em Almeida dei uma volta turística para conhecer algo mais, visitei o Picadeiro do Rey, onde na porta estavam estacionados muuuuitos cavalos ;-) Como o sol estava a pino e o calor abrasador, aproveitei para almoçar e recuperar energias para o período da tarde.
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Depois de Almeida continua-se no planalto com trilhos convidativos à adrenalina, passa-se as aldeias do Vale da Mula, São Pedro do Rio Seco, Rebolosa, Alfaiates e Fóios, aldeia que está no limite mais a Norte da Reserva Natural da Serra da Malcata.
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Entrado na Reserva Natural da Malcata, a paisagem muda consideravelmente, com zonas bastante mais arborizadas e uma orografia muito mais pronunciada. A travessia desta reserva natural é também um dos momentos altos do percurso, pois para além das paisagens encherem completamente os olhos e a alma, rolamos kms e kms sem ver quaisquer construções, viaturas, enfim elementos que indiciem a presença e/ou intervenção humana. Ao longo desta travessia, rolei também uma larga extensão ao longo da linha de fronteira entre Portugal e Espanha, ficando com a sensação que andava cá e lá constantemente. Como referi, a orografia é aqui bastante mais pronunciada e tal leva a que algumas descidas longas se tornem algo complicadas, pois a nossa preocupação é que a traseira da mota não ultrapasse a frente ☺
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Seguindo, passei entre Monfortinho e Penha Garcia, mais próximo desta última, subi ao castelo de Monsanto por uma calçada demolidora e fui terminar o dia acampado no Parque de Campismo da Barragem de Idanha-a-Nova. Foi ótimo chegar ao parque e depois de parar a mota, vestir uns calções e ir dar um mergulho na piscina do parque, para baixar a alta temperatura a que o meu corpo esteve sujeito praticamente todo o dia. A água estava ótima. :nod: Depois de tomar um bom banho fui tratar de abastecer a mota e o condutor (jantar).
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Regressado à tenda, adormeci de imediato.

3º Dia de viagem.
Acordei de manhã a ouvir a passarada e depois de desmontar e arrumar tudo, tomei um pequeno almoço substancial e arranquei para aquele que seria o meu último dia deste passeio, pois já era domingo e no dia seguinte teria que estar a trabalhar.
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Como só tinha este dia para regressar e não me daria tempo para o fazer só por terra, coloquei no GPS mais estradista, a evitar portagens, autoestradas e que deveria fazer o trajeto mais curto para casa. O GPS trouxe-me por estradas nacionais e municipais. Passei por Idanha-a-Velha e fui dar a Penamacor, também uma vila medieval e logo aproveitei para visitar a zona antiga. Também aqui as paisagens são fantásticas e pode-se apreciar um sem números de caminhos fora de estrada que devem manter a malta local do todo-terreno bem ocupada e satisfeita.
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A seguir voltei a bordejar a Reserva Natural da Serra da Malcata e encontrei a Barragem da Meimoa que está no limite da reserva. Esta barragem foi uma agradável surpresa, pois trata-se de um local que não conhecia e de uma grande beleza. Na barragem encontrei ainda uma piscina flutuante que ainda não tinha aberto a época balnear do presente ano, mas que deve dar muitas alegrias aos habitantes locais. Um ótimo sítio para se visitar num final de semana com família e amigos.
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Depois passei a vila de Sabugal, a cidade da Guarda e cheguei a Trancoso. O GPS trouxe-me até aqui por estradas nacionais e municipais, algumas das quais não deve por lá passar viva-alma dias e dias. Aproveitei para abastecer a moto e o condutor e depois de um farto almoço dentro da zona medieval de Trancoso, decidi que ainda tinha tempo para regressar ao fora de estrada e assim aproveitava para fazer a digestão ;-)
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E que digestão, quando dei por mim estava a subir uma trialeira em pedra solta para as eólicas por cima de Rio de Mel, mas os treinos de domingo de manhã uma vez mais ajudaram e consegui fazer quase tudo de pé, limpinho como se de um percurso de trial se tratasse. ☺
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Chegado à zona de cumeeira onde estão localizadas os referidos aerogeradores, segui por uma extensão considerável com vista privilegiada de quem circula pelos altos dos montes. Passei as aldeias de Antas, Ferronha (junto a Penedono), Alcarva, Souto, Pereiros e cheguei à capela de S.ta Luzia, próximo a São João da Pesqueira. Depois de mais cerca de 60 km de terra e pedras, como estava já em zona do vale do Douro, onde as muitas quintas dificultam a travessia de quem gosta deste tipo de trajetos, decidi que estaria na hora de regressar ao alcatrão e tentar curtir as muitas curvas que faltavam até casa.
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Passei São João da Pesqueira, desci ao Pinhão, subi a Sabrosa, 2 estradas fantásticas em termos de paisagem e de “curvas” e finalmente cheguei a Vila Real eram 17:24h.
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Mais um fim de semana Bem Passado.

Alguns Números:

Datas:
• 1º dia - 14 Junho, 2013;
• 2º dia - 15 Junho, 2013;
• 3º dia - 16 Junho, 2013

Extensões percorridas:
• 1º dia - 262 km;
• 2º dia - 261 km;
• 3º dia - 264 km.
Extensão Total - 787 km
Nunca fui de acreditar em coincidências, mas foi o que deu sem nada planeado.

Tempos de percurso:
• 1º dia - 8h : 50min;
• 2º dia - 8h : 32min;
• 3º dia - 7h : 08min.

Total de combustível gasto:
• 57,06 litros;
• média de consumo: 7,25 lts/100km (Gulosa, mas pensei que fosse mais ☺)

Total de gastos:
• combustível: 94,18€;
• refeições: 51,00€;
• dormidas: 7,00€
Conclusão: em Portugal o combustível leva-nos o cabelo e o couro cabeludo (fala 1 careca) ;-)

Pneus:
Considero que foi uma boa opção, embora os ache algo ruidosos para circular em estrada. Em termos de aderência na terra, cumprem com o que se espera deles, em estrada também senti grande confiança a curvar e algo menos a travar. De qualquer modo, não os experimentei em estrada com piso molhado. Em termos de desgaste, parece-me que o pneu da frente não acompanha o de trás em capacidade de curvar, pois pelo desgaste que se pode observar nos pneus, o da frente atinge o limite do piso, quando o de trás ainda lhe falta 1,5 – 2 cm para o limite.

Trajectos:
https://dl.dropboxusercontent.com/u/137 ... ajetos.zip" onclick="window.open(this.href);return false;
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Editado pela última vez por real off road em 25 jun 2013 18:35, num total de 3 vezes.



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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Muito bom, venha o resto :pop)

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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Muito bom, falta o 3º dia :pop) :pop)

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JEAN PIERRE
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
[hum]
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So ando de mota por duas razões!!Por tudo e por nada!

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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
real off road Escreveu:
e 2.2 (atrás)


Damn . Um DAKAR para ter excelente desempenho fora de estrada , não pode ter mais que 0.6 numa LC8 .

Continua :pop)

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"... ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão,perder com classe e vencer com ousadia,porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante..."


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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
:humm: :pop)

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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Belo report!! Parabens. :clapp:

Esses locais por onde andas-te foram bem escolhidos. A calcada de alpajares e a st ana são um espetaculo, já as desci de btt e foi muuuuuito bom!! Fizeste bem em não te meter lá com o mamute sozinho, tem passagens algo traileiras.
Como é que escolhias os percursos de terra? Conhecias ou estavam no gps?

Esses pneus são muito pipis até tem uma risca laranja para condizer com a motinha e tudo... :ass:


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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Parabéns pela aquisição da LC8 e excelente passeio :okkk:

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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Excelente relato! Venha o resto :pop)

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25 jun 2013 16:29 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Lança Escreveu:
real off road Escreveu:
e 2.2 (atrás)


Damn . Um DAKAR para ter excelente desempenho fora de estrada , não pode ter mais que 0.6 numa LC8 .

Continua :pop)


Olá Paulo Lança, de facto é muita pressão. Na minha moto de enduro uso tubliss à frente e atrás e ando com pressões bastante baixas (0,8-0,9 frente e 0,3-0,4 atrás). Com esta moto que pesa o dobro e com uns pneus que nunca tinha experimentado, e acima de tudo, tendo em consideração que ía sozinho em autonomia e sem meios para eventuais furos, resolvi minimizar o risco e sofrer um pouco mais com a menor tracção. De uma próxima vou baixar :okkk:


FernandoF Escreveu:
Belo report!! Parabens. :clapp:

Esses locais por onde andas-te foram bem escolhidos. A calcada de alpajares e a st ana são um espetaculo, já as desci de btt e foi muuuuuito bom!! Fizeste bem em não te meter lá com o mamute sozinho, tem passagens algo traileiras.
Como é que escolhias os percursos de terra? Conhecias ou estavam no gps?

Esses pneus são muito pipis até tem uma risca laranja para condizer com a motinha e tudo... :ass:


Olá FernandoF, os percursos não perdi muito tempo com eles. A ligação de Mirandela até Vimioso, aproveitei um trajecto que tinha já preparado e feito com uns amigos em 2011, numa volta que fizemos Vila Real / Covilhã / Vila Real, na altura em motos de enduro. De Vimioso até Idanha-a-Nova, segui o trajecto do Transportugal 2011 que encontrei na net. O regresso, a primeira parte até Trancoso, como refiro no relato, coloquei no GPS a evitar portagens, auto-estradas e fazer o trajecto mais curto. Depois de Trancoso, meti à sorte pela terra, seguindo o azimute que me levava ao trajecto que tinha feito com os meus amigos em 2011 no regresso da Covilhã.

Os pneus, até são giros, mas a risca não é laranja, era amarela, estava era suja do muito pó e ficou com um tom alaranjado [bigsmile]


Vieira Escreveu:
Excelente relato! Venha o resto :pop)


O resto? Deste já não há mais, acabou-se :crybaby: Eu bem gostava de ter continuado, mas tive que vir trabalhar :pum:


25 jun 2013 18:48 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Muitissimo bom.....

Bom passeio, aventura e relato espectacular!

A mota está um must.


:vrumm:

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25 jun 2013 20:18 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Ok . O Dakar é um pneu à parte . mesmo sem ar o gajo custa a ir abaixo por causa da carcaça reforçada .
É um abuso .

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Registado: 15 fev 2010 02:04
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Muito bom relato.
Gostei!

um dia deste quero dar uma volta por esses lados.

Abraço

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25 jun 2013 21:47 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Gostei bastante do relato. Parabéns. :vrumm: :hello:


25 jun 2013 22:52 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Muito bom relato. :ave:
O primeiro dia fez-me lembrar um certo passeio a 2 meses atrás. :humm:
Venham mais fins de semana desses.
Abraço :friends:

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25 jun 2013 23:26 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Belo foto report!

A mota está brutal, venha de lá o próximo! :okkk:

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26 jun 2013 09:19 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Mim gostar :D

Bom relato :okkk:

Boa aquisição e ela está bem calçada :unibrow:


26 jun 2013 10:18 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Agradeço a todos pelos comentários, pois significa que vos consegui transmitir algumas das muito boas sensações que vivi naqueles 3 dias.

Já tenho na cabeça a germinar mais 1 voltita :vrumm:

O problema é principalmente a disponibilidade de tempo para o fazer.

Cps e até breve.


Agostinho Gomes Escreveu:
Muito bom relato.
Gostei!

um dia deste quero dar uma volta por esses lados.

Abraço


Qdo quiserem combinar, terei todo o gosto em vos receber e prometo que não vos meto nos trilhos do Rotadura [bigsmile]

Abraço


26 jun 2013 12:10 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
um passeio mesmo ao meu gosto

obrigado pela partilha,tenho que explorar esses caminhos um dia destes


26 jun 2013 13:23 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
:okkk:


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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
:clapp: gostei !
Obrigado


26 jun 2013 20:03 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Muito bom, parabéns!
És de Vila Real, só podes ser boa gente :thumbsup:

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27 jun 2013 20:41 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Varanda Escreveu:
Muito bom, parabéns!
És de Vila Real, só podes ser boa gente :thumbsup:


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27 jun 2013 21:26 { SHARE_ON_FACEBOOK } { SHARE_ON_TWITTER }
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Registado: 26 jun 2012 13:19
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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
O trajecto, agora no Wikiloc.
http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=4746695" onclick="window.open(this.href);return false;" onclick="window.open(this.href);return false;

Imagem


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Mensagem Re: 3 Dias numa Big Trail
Muito bom! :okkk: [hum]


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