Olá boas, estou a planear mais uma "voltita" de 3 dias, para 20, 21 e 22 de Setembro.

A ideia é, à semelhança da volta que fiz em Junho último, sair para o monte para 3 dias de puro prazer de condução off-road, em autonomia, ou seja, levar o indispensável na mota, para que o peso seja reduzido ao mínimo. (1 tenda leve, 1 saco-cama, 1 colchão, alguma roupa e alguma ferramenta). No meu caso, utilizo apenas 1 saco tipo rolo na traseira da mota.

Desta vez será 1 volta completa a Trás-os-Montes com início em Vila Real, percorrendo os Parques Naturais do Alvão, Gerês, Montesinho, Douro Internacional, o Vale do Sabor (enquanto podemos) e o Vale do Tua.

Eu vou em Moto trail (KTM 950 Adventure) e alguns amigos vão em motos de enduro. O percurso tem aproximadamente 700km no total, dos quais mais de 80% serão em fora de estrada. Terá algumas zonas rolantes, muitas serras, muitos rios, barragens, cascatas, enfim mtas zonas para banhos, algumas trialeiras, calçadas romanas (alguma dureza)

Quem se quiser juntar será bem-vindo. Apenas ter em consideração o dispôr de pelo menos 140km de autonomia de combustível e estar preparado para um fim-de-semana algo duro, pois fazer cerca de 250km com alguma dureza todos os dias, vai de certeza moer.

O percurso ainda não está totalmente fechado mas já está muito próximo da sua versão final e será o seguinte:



Bora lá

Ora ai está um voltinha á maneira.
Vou fazer uma coisa parecida em novembro.
Tenho alguns tracks da zona que tenho vindo a recolher.
Envio-te com todo o gosto se quieres.

Depois diz-me como foi e passa algumas dicas para quando eu lá for.

abraço

Essa zona é brutal ! Fora de estrada então nem se fala .

Muito bom! Mas por estar a viver em Lisboa eram mais 900km de estrada... Infelizmente não dá! Se depois puderes partilhar o track agradeço, talvez um dia tenha tempo para fazer isso!

Ola!
Uma "voltita" a sério.
Vamos a ver se tudo se proporciona para participar.
Se tudo correr bem, junto ao grupo dia 20 ao final da tarde (depois do trabalho).
Irá ser bom recordar alguns lugares e conhecer novos!

inté

Olá, a ideia de ir agora é para aproveitar os dias ainda serem algo mais longos e também as melhores temperaturas para se rolar e acampar.

Embora já tenha o track praticamente fechado, todos os tracks são sempre bem-vindos, nem que seja para futuras oportunidades.

No final postarei um relato com fotos e vídeos sobre a volta.

Abr.

A zona é fantástica e o percurso está a passar em locais de sonho, sendo na sua maioria fora de estrada. Eu coloquei + de 80%, mas talvez seja + 90%

Muitas serras, mtas trialeiras, mtos rios, mtas barragens, cascatas e locais ótimos para se refrescarem.

E então Lança, os homens do alentejo, vão aparecer?

Tinha mto gosto em vos receber.

Boas, depois colocarei um relato e o track realizado.

Boa Paulo, lá estaremos à espera. Em princípio no final do primeiro dia conto chegar a Vilar de Perdizes ou próximo à zona de Vila Verde da Raia / Chaves, mas depois partilharemos contactos telefónicos.

Abr.

vou estar muito atento a este topico . se tudo correr bem ainda m junto a voces

Força

É pá vou estar atento a este tópico!! Isto é em minha casa!!!!

Voltinhas e convívios como este é o que procuro.

só uma duvida minha em relaçao a alimentaçao é p levar de casa ou arramja-s pelo caminho? há onde guardar a carrinha e o atrelado em vila real durante os 3 dias ?

A ideia é ir comendo pelo caminho. Pode sempre levar-se umas barras energéticas p alguma zona onde dê uma fraqueza e não haja onde comer.

Quanto a arranjar 1 local onde se possa guardar atrelados, não tinha pensado nessa questão, mas vou tentar saber como se poderá resolver.

Olá boa noite, apesar do fantástico tempo que se avizinha para o fim-de-semana, vamos ter de adiar esta volta para os dias 4, 5 e 6 de Outubro. Infelizmente um dos amigos que pretendia participar teve uma situação de falecimento de um familiar directo e com vista a ele poder participar, decidiu-se pelo adiamento.

Aos que também por aqui tinham manifestado a vontade de participar, desde já lamento para quem já estava de faca afiada para arrancar na próxima 6ªf, mas de certeza que compreenderão que este amigo mais do que todos nós, merece que o ajudemos a desanuviar neste momento menos bom.

Quem quiser participar, envie MP.

Com tudo pronto para arrancar amanhã à 1ª hora.
O problema vai ser agora conseguir dormir

Esqueci-me das horas, afinal não é amanhã, é mais logo

1º Dia

Depois de adiar por 2 vezes (15 Agosto e 20 Setembro), a realização desta volta, à 3ª foi de vez. Após algumas desistências, seríamos 3 os “Aventureiros”, eu próprio e os meus amigos de longa data, José Ramos e Nando Nunes.

Depois de uma semana de chuva intensa, no dia anterior à partida, o tempo ainda estava bastante farrusco mas já surgiam algumas tímidas abertas e as perspectivas para o fim-de-semana eram boas. Mesmo assim, no final dessa tarde chovia copiosamente.



Ainda estive nessa noite a arrumar tudo o que pretendia levar e coloquei o saco na mota, pronto para arrancar às 08:00h do dia seguinte conforme combinado.



Depois de jantar e após tentar por diversas vezes falar com o Nando, para saber se estava tudo certo e pronto para sairmos, tomei conhecimento que estava numa reunião de condomínio e afinal, ele só poderia partir depois da 08:30h Nessa noite custou-me um bocado a adormecer, pois as “pulgas” eram mais que muitas.

No dia da partida, a vontade era tanta que a alvorada foi mesmo antes de nascer o dia.





Às 08:15h lá me encontrei com o José Ramos na bomba de combustível e como o Nando ainda demoraria, resolvemos ir esperá-lo numa pastelaria, onde sempre dava para nos entretermos a “roer” alguma coisa.

Depois das 08:30, mas antes das 09:00h lá estávamos prontos para arrancar, uma KTM 250 EXC-F, uma Suzuki DR-350 e uma KTM 950 Adventure.



A travessia do Parque Natural do Alvão decorreu sem quaisquer problemas, para além de uma paragem técnica junto à aldeia de Fervença, para o Nando colocar e apertar o saco na mota, noutra posição, já que a por ele escolhida antes de partir, veio a revelar-se bastante instável e não lhe permitia conduzir de pé.

Como resultado da muita chuva que caiu nos últimos dias e também pelo tipo de terreno que atravessámos, o primeiro dia foi bastante penoso e cansativo, com algumas zonas muito escorregadias, outras com bastante mato e árvores tombadas, situações que nos fizeram atrasar algo mais do que o previsto.











A determinada altura e depois de já há algum tempo percorrermos um trilho, com descidas de empedrados e zonas de matos quase cerrados, após passarmos um primeiro eucalipto tombado, deparámo-nos com um de bastante maior envergadura e que cortava praticamente a passagem. Era uma árvore de porte que se mostrava totalmente imóvel perante as nossas tentativas de o desviar do trajecto. Depois de perdermos algum tempo e muita energia, lá o conseguimos deslocar ligeiramente na zona em que o tronco tinha menor secção, colocando-o em cima de uma fraga, o que nos permitiu ganhar algum espaço para passarmos com as motas inclinadas, tarefa nada fácil na 950, a exigir esforço em triplicado. O trabalho foi tanto que nem nos lembrámos de bater uma foto da situação, mas existe o registo em vídeo (vou ter de aprender a carregar aqui os vídeos).

Depois de conseguirmos passar esta zona mais difícil, lá conseguimos chegar a Salamonde e decidimo-nos a parar para abastecer as “meninas” e também a nós (almoçar que já bem o merecíamos e já eram 15:00h). Ou seja, as dificuldades da manhã, haviam sido tantas que em mais de 6 horas, apenas tínhamos conseguido fazer pouco mais de 120 km.

Julgo que o nome do restaurante era o Gerós. O almoço foi revigorante (entradas, azeitonas, pão da zona e queijo + sopa de legumes + massa com feijão e pataniscas) e em conta (6 € por cada um, incluindo bebidas e café). Tentámos despachar-nos para regressarmos ao caminho, pois já teríamos poucas horas de luz. Antes das 16h já estávamos a rolar novamente.

Após passarmos a Barragem de Salamonde, tivemos que fazer o primeiro desvio significativo do percurso, pois o trilho que tinha identificado no GEarth que se desenvolve al longo da margem direita, a determinada altura é impraticável e desaparece. Seguimos então pela estrada N308 e um bocado antes de Pincães, retomámos o percurso para irmos visitar a Cascata de Pincães. Chegámos à zona da cascata vindos de poente e quem conheça a zona deve conhecer o trilho que dá acesso e a dificuldade de passar ali com uma Trail. Com a ajuda dos meus companheiros, a ampararem dentro do possível, lá se conseguiu também ultrapassar mais aquelas dificuldades.

Continuámos no percurso e uns 500 m depois de Pincães, deparámo-nos com um portão fechado que barrava totalmente a passagem. Decidimo-nos tentar contornar pelo caminho que seguia mais por Norte, mas após fazermos cerca de 4 km, chegámos a um local que não tinha saída e entretanto surgia também a primeira avaria.









Neste trajecto desde o portão que barrava o percurso até aquele ponto, tinha dado conta que estava sem travão atrás e como este já era um problema que me vinha acontecendo a algumas semanas, pensei que teria sido o óleo que teria aquecido e que me fazia ficar sem travão. Quando parámos por causa do trilho não ter continuidade, comentei com os meus colegas que estava sem travão de trás e o Nando olhando para a mota disse que haviam sido as borrachas da bomba, Quando saí da mota para ver, verifiquei que estava sem o visor do nível do óleo da bomba e não podia ter sido por partir, porque até tenho uma protecção de alumínio na bomba. Tudo indica que esse visor tem rosca e deve ter se desenroscado. Não tinha qualquer óleo dentro da bomba. Nunca me passou pela cabeça que isto pudesse acontecer.

Como o trilho não tinha continuidade, regressámos à estrada N308 e fomos até à aldeia de Paradela para decidir o que iríamos fazer. Ali, o Nando deu a sugestão de se tentar arranjar óleo de travões e colocar uma rolha de cortiça no local do visor apertada com cintas plásticas. Eu confesso que não acreditei que a rolha pudesse fazer a conveniente vedação e propus aos meus colegas que seguissem eles pelo trilho e que eu seguiria até Montalegre pela estrada para ver se conseguiria desenrascar uma reparação do problema. Eles não aceitaram a minha sugestão e decidiram vir comigo até Montalegre.

Chegados a Montalegre fomos a uma oficina de motas para tentar arranjar algo para resolver o problema, mas sem sucesso. Entretanto decidimos ir ao Intermarché de Montalegre, arranjar óleo de travões (porque na oficina era a preço de ouro) e tentar resolver o problema com o solução do Nando. Ele entretanto até já tinha arranjado uma rolha na aldeia de Paradela e ali mesmo na bomba de combustível do Intermarché, tratou de aplicar a rolha e fazer a purga do travão e não é que aquilo ficou mesmo a funcionar. Eu que até já tinha pensado que talvez tivesse que desistir de continuar para os dois dias seguintes, pois fazer todo o percurso apenas com o travão da frente seria muito complicado, nem queria acreditar e fiquei radiante.









Como estávamos cansados e estava também bastante frio, decidimos que nessa noite não iríamos ficar nas tendas mas sim num hotel para tomar um banho quentinho reparador. Ficámos no Montalegre Hotel, onde depois de alguma negociação, conseguimos ficar por 55 € pelos 3.

Fomos jantar à Tasca do Açougue, junto ao Castelo de Montalegre, local de produtos muito caseiros, inclusivamente estavam a fazer doce de abóbora quando chegámos. Jantámos uma posta barrosã e uma sobremesa de queijo local com doce de abóbora e doce de courgete que estava uma delícia. A conta é que não foi muito simpática (55 €, mas também tínhamos bebido 2 garrafas de vinho e 1 Gin). Depois ainda saímos para beber um copo, mas não se pode dizer que a noite de Montalegre estivesse no seu auge
Neste dia sentíamo-nos algo desanimados pois a quilometragem prevista para o dia era de cerca 220 km e só havíamos feito 180 km dos quais 40, haviam sido por alcatrão na ligação das proximidades de Cabril a Montalegre. Estávamos portanto cerca de 40km atrasados para os restantes dias.

2º Dia



No dia seguinte decidimos seguir por estrada cerca de 9 km em direcção ao posto de combustível junto à fronteira de Sendim onde encontraríamos o percurso. Retomado o trilho, subimos ao ponto mais alto da Serra do Larouco, onde se encontra o marco geodésico de 1ª ordem e de onde se podem observar extensos horizontes para terras lusas e espanholas.







Descemos e contornámos a referida serra. Ainda durante a referida descida, voltei a ficar sem travão traseiro, pois o pedal afundava totalmente como numa esponja e não travava nada. Calculei que pudesse ser ar no sistema e decidi que continuaria só com o travão da frente até haver tempo para se purgar convenientemente o travão, tendo acabado por fazer todo o 2º dia apenas com o travão da frente. Houve alturas que esqueci o peso que isso significa e agradeci o facto de ter 2 discos na frente.

Seguimos por Vilar de Perdizes, Vilarelho da Raia e entrámos em Espanha para abastecer. Seguimos por trilhos espanhóis, cuja qualidade rolante é quase de uma estrada pavimentada (“no mi gusta para hacerlo de moto”) e entrámos novamente em território luso na aldeia de Lama de Arcos, quais “Contrabandistas”.

Seguimos pelo trilho muito próximos da linha de fronteira, passando pelas aldeias de Mairos, Travancas, Argemil (onde pensávamos que haveria um posto de combustível, errado), São Vicente, Aveleda e junto a Segirei, entrámos no Parque Natural de Montesinho.

Descemos à praia fluvial de Sergirei no Rio Menta, local bem aprazível e não conseguimos seguir o percurso (completamente fechado), na subida para Vilar Seco da Lomba. Como estávamos algo atrasados em termos dos kms percorridos, fruto dos problemas do dia anterior e como mantínhamos a ideia de ir ficar esta noite em Miranda do Douro, regressámos à estrada mais próxima e circundamos o vale até à aldeia de Gestosa, onde retomámos o percurso.







Descemos ao Rio Rabaçal que atravessámos numa ponte romana muito bonita e subimos à aldeia de Santalha, terra natal do meu amigo e colega de curso Francisco Morais. Chegados a Santalha e como já eram 12:30, decidimos tentar por ali comer e parámos no único café aberto que também funciona como mini-mercado, onde palavra-puxa-palavra, viemos a perceber que o proprietário que nos recebeu, de seu nome Hélder Gomes, era primo do meu colega. Nós que só pensávamos em conseguir comer uma sandocha de qualquer coisa e um pacote de batatas fritas, fomos brindados com uns faustosos pratos de presunto, queijo, linguiça e pão, tudo caseiro e muito bom e quando pedimos a conta, o rapaz extremamente simpático, não condescendeu e insistiu em nos oferecer as comidas e só aceitou que pagássemos as bebidas. Obrigado Hélder, 5 ESTRELAS. Ahhh, e enquanto não chegava a comida, ainda pudemos colher uns óptimos cachos de uvas da ramada que faz sombra à esplanada do café.





Às 13:30h já estávamos novamente a rolar porque ainda tínhamos muito para andar. Seguimos por terras de Montesinho, zona de paisagens espectaculares, passámos algumas aldeias remotas como Quadra e Landedo e depois de fazermos uns kms sobre a linha de fronteira, descemos ao Rio Trasbaceiro, onde o meu amigo Nando garante que viu um Corço que formou um salto para atravessar o caminho à minha passagem e quase o animal se sentava na traseira da minha mota. Fiquei com pena de o não ter visto.



Depois de rolarmos algum tempo junto ao referido rio, iniciámos uma subida algo difícil de uma serra onde o trilho estava completamente fechado por giestas e urze e ali só devia passar javali. Esta foi uma parte algo complicada do percurso, principalmente por estar completamente fechada numa extensão considerável e também com inclinação significativa o que tornava o percurso muito revirado.











Seguimos por uma zona bastante mais rápida que nos levou a subir até à zona mais a Norte do Parque, à casa da Lama Grande, casa de abrigo encaixada entre penedos enormes que em outros tempos era um local muito aprazível para se passar uns dias com a família e amigos, em contacto com a natureza no seu estado mais puro, mas que agora lamentavelmente está completamente vandalizada.







Continuámos pelo percurso e depois de passarmos a barragem da Serra Serrada, por sugestão do Nando, evitámos seguir o percurso no trilho que nos levaria às proximidades de Calabor em terras de “nuestros hermanos”, pois segundo ele esse era um trilho que já há alguns anos atrás era de praticabilidade muito complicada e então com a 950, só levaria a que perdêssemos ainda mais tempo. Tomámos a decisão de seguir pelo estradão que nos levava até ao cruzamento das 4 estradas junto à aldeia que deu nome ao Parque, Montesinho. Entretanto o José Ramos estava a ficar sem combustível, pois como falhou o reabastecimento previsto para a aldeia de Argemil, ficaria complicado conseguir chegar sem problemas ao próximo posto em Milhão. Decidiu-se então que atalharíamos na direcção do posto de combustível Cipó em Milhão e assim permitia-nos ganhar algum tempo e poderia evitar de termos de atalhar ao final do dia por estrada até Miranda do Douro, por falta de horas de luz diurna.

Houve uma confusão com o GPS do José Ramos e quando demos por nós estávamos às portas de Bragança ☺ com cerca de 12 km de estrada feitos. Abastecemos em Bragança e seguimos pelo IP4 até à aldeia de Milhão para retomar o percurso. Após mais 14 km de estrada, chegámos à saída do IP4 para Milhão. Na paragem nessa saída para decidirmos qual o rumo a seguir, o Nando reparou que havia algo fora do normal com a roda dianteiro do José Ramos. Estava cravado na roda da frente um pau, mas não era propriamente 1 pauzito, era algo fora do normal e parecia impossível que com aquela dimensão se pudesse ter cravado numa roda. Pela dimensão, para se ter cravado daquela forma deve ter sido uma pancada bem forte e deve ter ido até ao aro, a sorte dele, foi trazer “mousse” caso contrário já teríamos que ter parado logo no momento em que aquilo se cravou, para mudar a câmara de ar.







Depois de arrancado o pedaço de lenha com um alicate, tomámos nova decisão errada de seguirmos para Sul, na tentativa de retomar o percurso um pouco mais à frente e evitar de fazer os 2 km para trás até à Milhão. Resultado, tivemos que fazer mais 12 km de estrada até Outeiro, onde conseguimos chegar ao percurso após passarmos o Rio Maçãs. Bom, apesar da chatice de tanta estrada, estávamos satisfeitos por estarmos novamente a rolar na terra e em zonas muito agradáveis.

Seguimos um bocado ao longo do Rio Maçãs e depois subimos para Pinelo e de seguida as aldeias de Gatos, Serapicos, Angueira e próximo a Constantim chegámos ao Parque do Douro Internacional, seguimos por Ifanes, Paradela até ao miradouro junto à barragem espanhola de Castro. As vistas que aqui se obtêm sobre as Arribas do Douro são fantásticas e fazem-nos sentir de algum modo, bem pequeninos.





Daqui seguimos em direcção a Aldeia Nova, onde fomos visitar o miradouro da Ermida de São João das Arribas. Outro local idílico que nos tenta a perdermo-nos no tempo e ficar a observar.





Continuando por terra, passámos em Vale da Águia (onde existe uma estátua alusiva, parecendo ser uma casa do SLB) e ainda por terra chegámos a Miranda do Douro, pouco passava das 18:30. Havíamos feito 280 km (+ de 80% dos quais por terra e pedra) e sentíamo-nos cansados mas de alguma forma realizados pois tínhamos conseguido recuperar o atraso do 1º dia e chegar ao local onde previmos dormir a 2ª noite. A primeira coisa que fizemos foi pararmos numa esplanada junto à Porta Este da Muralha, num jardim-parque muito aprazível e aí descansar a observar a actividade do final do dia, bebendo uma bebida fresca (gin tónico e coca-colas c/ gelo e limão ☺).









Como estávamos cansados e também merecíamos um prémio pelo muito que tínhamos conseguido rolar nesse dia, decidimos que apesar da temperatura estar amena e convidativa ao campismo, iríamos também hoje presentear-nos com um descanso melhorado num hotel. Enfim, andámos a passear tenda, saco-cama e colchão, durante 3 dias e ao longo de 700 kms, para os voltarmos a trazer para casa bem arrumadinhos. Acabamos por ficar no hotel Cabeço do Forte, local com boas condições para um grupo motard ou de jipes e que pratica preços simpáticos (total de 45€ pelos 3).

Ao jantar fomos ao Restaurante Balbina e comemos uma boa sopa e um bacalhau grelhado que estava uma especialidade. A sobremesa nem tanto. A conta foi “carota” (também houve vinho, mas era quase ao preço da água), da ordem dos 45 € pelos 3. A seguir fomos dar uma volta para ver “as vistas”, mas não se passava muita coisa. Regressámos ao hotel, mas quando ali chegados, houve dois que precisavam “de fazer a digestão” e resolveram voltar a sair.

Espectaculo esta zona!!!

Tem paisagens fora de série!

Belo passeio e belo report!!

E mais???

Bom relato

Relatos á moda antiga.....

Assim é que eu gosto

Obrigado

Viva Nuno,
Os imprevistos fazem parte e ficam na memória!

continuação de bom relato