Vamos lá actualizar e ver se tenho a sorte de conseguir fechar este tópico, pelo menos no que às alterações e fiabilidade diz respeito.
Como o Luís Deus afirmou, a moto foi a testes no R0, em termos de comportamento nada a apontar, mas o problema que se julgava debelado, não estava e a verdade é que por 2 vezes a falange do corpo de injecção deu de si, obrigando a trabalhos de mecânica e mais tarde desistir desta prova.
Este problema tinha que ser vencido, sem ajudas de mais apertos nas abraçadeiras ou de outras alterações imaginativas, criadas de forma aguentar a falange do corpo de injecção. Uma moto com menos de 6k quilómetros tem que estar irrepreensível, invenções é para charutos ou para “upgrades”, não é o caso.
Mais, não há registos de ktm’s 690 com este tão violento retorno de gases, é segundo sei um problema isolado.
Por isso uma conversa mais seria com a Migtec e com a KTM foi tomada a decisão, acabe-se com os testes e com as suposições, ou se descobre efectivamente a origem do problema, ou não levanto a moto!
Nesse sentido o Carlos (grande mecânico sim senhor) resolveu agarrar o problema verdadeiramente pelos cornes. Depois de toda a componente mecânica revista, a moto foi para um banco de ensaios, medir o seu comportamento.
Finalmente uma luz no fundo do túnel: A moto tinha um comportamento em baixas rotações muito instável (mas só notado no banco), nítida falta de gasolina em baixa rotação, compensado com excesso de ar.
Corolário: O injector foi levado a uma empresa que os analisa e os limpa por ultra sons, detectou-se que o injector da moto, estava impecável, mas que trabalhava em baixas rotações, com 1.5 k de pressão, os injectores de origem trabalham em todo o regime trabalham com 3k de pressão, mais, descobriu-se que sendo o injector, visualmente idêntico ao de origem, a sua referência de facto não era a de origem e consequentemente esse injector não era, de todo, o aconselhado para a utilização numa ktm 690.
Conclusão: o injector, algures, foi retirado e substituído por um qualquer OEM, a moto trabalhava mas em baixas perdia alma e em arranque gerava o retorno de gases. Brilhante!
Já a testei e a moto está outra, com outra alma em baixas e sobretudo (ainda) sem qualquer retorno.
Enquanto ao seu aspecto: Todas as alterações que tinha pensado fazer foram finalmente concluídas, falta-me apenas montar o amortecedor de direcção.
Conclusões:
Deixou definitivamente de ser uma cabra (aliás nunca foi), não a pesei, mas nota-se claramente o peso extra.
Em ligações por alcatrão a moto ficou incomparavelmente mais confortável, é outra moto, o peso extra à frente deu-lhe estabilidade, a protecção conforto, rola-se com conforto a 120 /130, sem vibrações e sem sentir que se vai num regime elevado. Com um pneu menos agressivo, estou convencido que se pode rolar com igual conforto a 140.
Em campo a moto agora o que gosta mesmo é de trilho mais aberto, não se inibe de uma ou outra trialeira mais agreste e na areia o forte motor compensa o peso extra.
Na minha opinião perdeu-se alguma aptidão para a trialeira mais agressiva, ou para andar a trepar corta-fogos, mas ganhou-se estabilidade em estradões, muito conforto em alcatrão.
A moto ficou uma verdadeira adventure.
Espero honestamente poder reformar a minha GS800 dos maus tratos, que a coitada tem sido no último ano pau para toda a obra.
Assim se tudo correr como espero fico:
KTM 450 para o TT mais agreste
KTM 690 R Adv para passeios e para viagens de TT
BMW GS, vai pela primeira vez calçar uns sapatinhos de alcatrão, que só os substituirá se tiver que ir a rolar até … Zagora.
A moto ficou assim:
Eu gosto (a acho que a GS também vai gostar)